Atletas das quebradas lutam no ringue, no tatame e na vida
Boxeadora e judoca convidados do podcast Visão do Corre falam sobre o esporte na periferia e as expectativas olímpicas
Nas Olimpíadas de Paris 2024, o Brasil tem chances reais em duas modalidades de luta, o boxe e o judô. Nas três edições anteriores, o boxe conquistou medalhas e cresceu no cenário. E o judô é o esporte que mais trouxe vitórias para o país nos jogos olímpicos.
A temporada do podcast do Visão do Corre sobre as Olimpíadas Paris 2024 começa com lutas, não só o boxe e o judô, modalidades dos dois convidados, mas os combates de atletas periféricos para atingir alto rendimento e disputar o pódio.
O programa entrevista a boxeadora baiana Adriana Araújo, medalhista de bronze em Londres 2012, a primeira mulher a ganhar medalha olímpica para o boxe brasileiro. O outro convidado é o judoca Diogo Castilho, coordenador do Instituto Reação, projeto social que nasceu na Rocinha, no Rio de Janeiro, e tem doze polos espalhados pelo Brasil.
“A gente costuma falar que o boxe é um esporte pobre em relação a investimentos, e o que mais revela atletas. Eu comecei em projeto social. Está no sangue baiano, a maioria da seleção brasileira é representada por baianos”, conta Adriana Araújo.
Com o judô, acontece o mesmo, além da construção da disciplina, que costuma trazer crianças e jovens não só para lutar, mas para se tornarem cidadãos. “Fico imaginando quantas pessoas poderiam chegar se tivessem oportunidade. O judô se destacou porque era muito procurado, os outros esportes vêm se destacando porque cresceu a participação”, diz Castilho.
Sobre a expectativa olímpica, Adriana Araújo diz que “o boxe sempre representou o Brasil nas Olimpíadas. Creio que não vai ser diferente, há chances reais no masculino e no feminino”, citando Beatriz Ferreira e Vanderlei Silva, entre outros nomes.
Diogo Castilho diz estar “confiante”. Ela acha que “virão umas quatro medalhas”, considerando atletas consagrados e os que podem surpreender.