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B. boy brasileiro Migaz é árbitro na Olimpíada de Paris

Anúncio dos árbitros das competições de breaking masculino e feminino foi feito dois dias antes das competições começarem

7 ago 2024 - 08h57
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Resumo
Apesar de não ter competidores no breaking olímpico, o b. boy brasileiro Migaz será um dos nove árbitros da modalidade na Olimpíada de Paris. Desde 2021, ele é árbitro da World DanceSport Federation (WDSF), que organiza o breaking mundialmente. As competições olímpicas acontecem nos dias 9, com b. girls, e 10 de agosto, com b. boys.
Migaz, da DF Zulu Breakers, é árbitro internacional de breaking, avaliado como um dos melhores do mundo
Migaz, da DF Zulu Breakers, é árbitro internacional de breaking, avaliado como um dos melhores do mundo
Foto: Arquivo pessoal

A World DanceSport Federation (WDSF) anunciou que o b. boy brasileiro Migaz será um dos nove jurados das competições de breaking na Olimpíada de Paris, que acontecem nos dias 9 e 10 de agosto.

Migaz é Chardisson Pereira Messias, membro de um dos grupos de breaking mais tradicionais e conceituadas do país, a DF Zulu Breakers, surgida em 1989.

O brasileiro é reconhecido como um dos melhores árbitros internacionais de breaking e, desde 2021, é julgador da WDSF.

Os critérios de avaliação na Olimpíada são os mesmos de competições como a Olympic Qualifier Series (OQS), as classificatórias para os Jogos Olímpicos. Elas aconteceram na China e em Budapeste, onde Migaz esteve e foi convidado para Paris.

O julgamento da disputa de breaking é feito por nove árbitros, além de um head judge (juiz principal) e um chairperson (que comanda os julgadores). O conjunto se completa com dois DJs e dois MCs.

Treinamento para árbitro de breaking

Os árbitros olímpicos de breaking fizeram treinamentos presenciais em Hong Kong e Portugal, no ano passado. Para participar, é preciso ser árbitro nível A ou B.

Migaz é um dos dois árbitros nível A do Brasil. Ele fez em Portugal o treinamento para atuar na Olimpíada de Paris, custeado pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Somente quem passou pelo curso poderia ser convocado para as eliminatórias (OQS) e para os Jogos Olímpicos.

“Migaz fez quase um mês de treinamento, ele já era considerado um dos melhores árbitros, e foi avaliado como o segundo melhor no curso”, conta Lucimar dos Santos, a b. girl Lu, coordenadora de Alto Rendimento Breaking da Confederação Nacional de Dança Desportiva (CNDD).

O que fazem os árbitros?

O head judge é o árbitro dos árbitros. Fiscaliza, pune e até expulsa julgadores. É o único que pode falar com eles.

O chairperson cuida do sistema de arbitragem, se os tablets dos jurados estão funcionando, se as notas atribuídas são as mesmas que saem no telão.

Os árbitros não podem olhar para o placar, que fica atrás deles, ou do lado. E não sabem qual nota os outros julgadores deram.

“O árbitro que olhar para trás pode ser punido. Pode ser pedido que ele saia da cadeira, aí o head judge ocupa seu lugar”, explicar Lucimar dos Santos.

Entre os nove árbitros olímpicos, são dois de cada continente, e apenas um por país.

Fonte: Visão do Corre
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