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Ministério Público vai investigar operação da PM que deixou ao menos dez mortos no Guarujá

Três promotores da Baixada Santista foram designados para analisar a ação dos policiais junto com grupo especializado em segurança pública

31 jul 2023 - 21h46
(atualizado às 22h26)
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Movimentação de policiais militares no distrito de Vicente de Carvalho, no Guarujá; PM faz operação na cidade
Movimentação de policiais militares no distrito de Vicente de Carvalho, no Guarujá; PM faz operação na cidade
Foto: TABA BENEDICTO/ESTADÃO / Estadão

O Ministério Público do Estado de São Paulo vai investigar a atuação da Polícia Militar durante a Operação Escudo, deflagrada após o assassinato do soldado Patrick Bastos Reis em uma comunidade no Guarujá e que deixou pelo menos dez mortos desde o último final de semana.

Nesta segunda-feira, 31, o procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo, designou três promotores da Baixada Santista para, ao lado do Grupo de Atuação Especial de Segurança Pública (Gaesp), instaurar procedimentos para analisar as ações da Polícia Militar no episódio.

Segundo Sarrubbo, o trabalho dos promotores deve esclarecer se as forças de segurança praticaram crimes na resposta ao assassinato do soldado da Rota. "A morte do policial militar deverá também ser investigada e o seu autor responsabilizado nos termos da lei, obedecido o devido processo legal", afirma nota da Procuradoria-Geral de Justiça.

O clima é de tensão e medo no Guarujá em meio à ação que a Polícia Militar realiza na cidade do litoral paulista. Moradores relataram ao Estadão tiroteios, temor de sair de casa à noite e comércios vazios.

Ao menos três tiroteios foram testemunhados durante a tarde desta segunda-feira, 31, segundo relatos ouvidos pelo Estadão. A operação da PM no Guarujá contra o crime organizado e o tráfico de drogas continuará por pelo menos 30 dias. Um homem identificado como Erickson David da Silva e apresentou à polícia no domingo, 30, como o autor do disparo contra o soldado.

Questionado sobre denúncias da população local de tortura e abuso de força policial, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse na manhã desta segunda-feira, 31, que "não houve excesso". "Houve atuação profissional que resultou em prisões e vamos continuar com as operações."

Segundo o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, a violência parte dos criminosos e a polícia supostamente reage de maneira proporcional a ela. De acordo com ele, serão investigadas as imagens das câmeras das fardas dos PMs que participaram da operação para averiguar se houve excessos. / COLABORARAM ÍTALO LO RÉ E GIOVANNA CASTRO

Estadão
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