Audiência do massacre de Paraisópolis acontece em São Paulo
Depoimentos são abertos à população por representar interesse coletivo. Treze policiais são acusados do crime
Testemunhas de acusação depõem nesta audiência de instrução. É um passo importante no caminho para o júri popular e pela criminalização dos responsáveis pelas mortes de jovens e dezenas de feridos na comunidade de Paraisópolis.
Acontece em 17 de maio a 3ª Audiência de Instrução Processual do Massacre em Paraisópolis, no Fórum Criminal da Barra Funda, durante a qual testemunhas de acusação dos 13 policiais indiciados, incluindo sobreviventes da ação policial, testemunham perante o juiz, Defensoria Pública e advogados das famílias.
Esta audiência é realizada de forma aberta à sociedade por “representar interesse coletivo”, no plenário 10. Familiares das vítimas, movimentos de luta por Direitos Humanos, como a Rede de Proteção e Resistência contra o Genocídio, o CDHEP, o Conselho Estadual de Direitos Humanos, Movimentos negros, representantes de Estado e demais parceiros estão reunidos para cobrar justiça.
Eles também fazem manifestações nas sete localidades de origem dos jovens vítimas do massacre, na viela onde aconteceu, além do Largo do São Francisco e na Universidade de São Paulo. É um passo importante no caminho para o júri popular, pela criminalização dos responsáveis pelas mortes e dezenas de feridos.
No dia 1 de dezembro de 2019, a Polícia Militar do Estado de São Paulo cercou mais de 5 mil jovens em um baile funk em Paraisópolis e nove morreram asfixiados e espremidos na multidão. O crime aconteceu no conhecido Baile da DZ7.
Seus nomes são Gustavo Cruz Xavier (14), Marcos Paulo Oliveira dos Santos (16), Dennys Guilherme dos Santos Franco (16), Denys Henrique Quirino da Silva (16), Luara Victória Oliveira (18), Gabriel Rogério de Moraes (20), Eduardo da Silva (21), Bruno Gabriel dos Santos (22) e Mateus dos Santos Costa (23).