Audiência do Massacre de Paraisópolis ouve defesa de PMs
Esta é a sexta audiência do caso, a terceira para ouvir testemunhas de defesa dos policiais militares, que também são PMs
O Massacre de Paraisópolis aconteceu em 1 de dezembro de 2019, quando nove jovens morreram em uma viela da favela de Paraisópolis, no baile funk da DZ7, após ação da Polícia Militar. Segundo previsões otimistas de advogados de defesa e acusação, o julgamento pode acontecer em 2027.
A sexta audiência do Massacre de Paraisópolis acontece nesta sexta-feira (31) no Fórum Criminal da Barra Funda, zona oeste de São Paulo.
Na audiência, policiais militares envolvidos na ação que resultou na morte de nove jovens, mas que não foram indiciados, irão depor em defesa dos policiais que são réus.
A audiência anterior aconteceu em 2 de agosto de 2024. As testemunhas dos réus começaram a ser ouvidas em junho. Esta é a terceira audiência para ouvir quem fala em defesa dos policiais militares.
Segundo Maria Cristina Quirino, mãe de Denys Henrique Quirino da Silva, uma das vítimas, “essa fase é muito cruel, porque quem vai dar testemunho são os próprios envolvidos na ação”.
O chamado Massacre de Paraisópolis aconteceu em 1 de dezembro de 2019, quando nove jovens morreram em uma viela da favela de Paraisópolis, zona sul de São Paulo, no baile funk da DZ7, após ação da Polícia Militar.
Segundo previsão de advogados de acusação e defesa, o julgamento pode acontecer, se não houve imprevistos, em 2027. Desde o Massacre de Paraisópolis, a favela tem vivido constantes operações policiais.
Estudo do ano passado mostrou que o 16º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, que atua na área da favela de Paraisópolis, é o mais letal da última década na cidade de São Paulo, responsável por 337 mortes – são quase três por mês.
Também no ano passado, foi lançado o site Os 9 que Perdemos, que reúne documentação do caso, como o relatório Pancadão: uma História da Repressão aos Bailes Funk de Rua na Capital Paulista.