Bronzeamento nas lajes das favelas é tendência no verão
Moradoras das favelas cariocas lançam moda nacional e atraem turistas de todos os estados do Brasil: a "onda" agora é bronze na laje
O Brasil é um dos cinco maiores mercados consumidores de produtos de cuidados com a beleza no mundo e uma das estações na qual as pessoas mais se cuidam é o verão. Nessa estação, todos correm para as praias cariocas para renovar a ‘marquinha’ de biquini, porém uma das febres recentes é o bronzeamento natural praticado nas lajes das favelas do Rio de Janeiro.
Com a chegada da pandemia em 2020, as praias cariocas tiveram que ser fechadas com o lockdown na cidade. Com isso, muitos proprietários de lajes em favelas do Rio de Janeiro passaram a abrir seus terraços para que as pessoas pudessem se bronzear. Após a reabertura das faixas de areia, a tendência era o movimento cair, porém o que aconteceu foi o oposto: o movimento continuou grande e várias mulheres se tornaram clientes fiéis desse tipo de procedimento.
Diana Dantas é proprietária da laje ‘Diana Bronze’, que fica localizada no Complexo do Alemão. A laje vive cheia de clientes que procuram renovar a marquinha de forma natural. A ‘Diana Bronze’ é um dos locais mais conhecidos e frequentados do complexo. Segundo Diana, vem gente de todos os lugares conhecer a sua laje: "de Niterói, Caxias e até pessoas de Manaus".
Para esse verão, Diana está “abrindo” mais cedo, e espera bastante movimento.
"Nessa época sempre contrato meninas para trabalhar comigo, para o atendimento ficar melhor, os clientes terem atenção e deixar as pessoas bem à vontade. Pretendo colocar uma máquina (de bronzeamento artificial) para poder trabalhar no inverno. E quero ampliar a laje, até o ano que vem para encher aqui", afirma Diana.
De acordo com a coordenadora do Departamento de Cirurgia e Oncologia da Sociedade Brasileira de Dermatologia do Rio de Janeiro (SBDRJ), Dra. Marcela Benez, o bronzeamento natural – feito de forma adequada – além de fortalecer a vitamina D, melhora na qualidade de vida e bem-estar, além de ajudar a regular o sistema autoimune, protegendo o corpo contra doenças.
Para fazer um bronzeamento adequado, a médica ensina algumas dicas:
Pegar sol com frequência em tempos curtos de 10 a 15 min apenas. Os sol diário, por alguns minutos, faz bem para imunidade e ativa a vitamina D que participa de vários processos do nosso organismo. Isso, com o tempo, vai bronzeando a pele e não causa prejuízos.
Use filtro solar (FPS 30-60) ao se expor ao sol e reaplique a cada três horas e após se molhar. Mesmo com filtro, a pele bronzeia, mas de forma mais lenta, isso evita que você tenha queimadura solar e descasque logo em seguida perdendo a cor que tanto queria.
Após se expor ao sol, hidrate bem a pele, de preferência com hidratantes dermatológicos com ação calmante. Isso melhora a barreira cutânea, hidrata as células da pele e evita que ela descame precocemente, prolongando o bronzeado.
Fique longe de câmeras de bronzeamento, sol em excesso e bronzeadores porque aumentam o câncer de pele e o envelhecimento cutâneo! O sol acumulado ao longo da vida e história de queimaduras solares vão gerar câncer de pele na vida a adulta. O câncer de pele tem cura quando diagnosticado precocemente.