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Documentário mostra que motoboys dos EUA podem estar a uma esquina dos nossos

Entregadores de Nova York poderiam estar trabalhando em São Paulo, ouvindo rap, ganhando pouco e discutindo taxas

15 abr 2025 - 08h14
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Resumo
Em frente a um McDonald´s do Brooklyn, comunidade de entregadores conversa sobre as condições de trabalho, os riscos e as motivações da profissão, e até filosofam. Muito parecido com qualquer reunião de motoboys na esquina de uma grande capital brasileira.
Nesta e em outras cenas, a câmera lenta torna poéticas algumas manobras que, em velocidade, seriam só arriscadas.
Nesta e em outras cenas, a câmera lenta torna poéticas algumas manobras que, em velocidade, seriam só arriscadas.
Foto: Divulgação

Neste momento de mobilização nacional, em que entregadores de aplicativos se identificam como explorados pelo mesmo esquema, sugiro aos manos e minas, de motos e bikes, que reservem nove, apenas nove minutos para assistirem um minidocumentário no qual se reconhecerão como categoria mundial.

Há muitas semelhanças nos corres dos dois países, sobretudo em metrópoles como São Paulo e Nova York, onde entregadores se reúnem no cruzamento da famosa Broadway com a Thornton Street, no Brooklyn, filmados pelo diretor Juan Blanco Garcia.

O minidocumentário The (Other) 700 Club, disponível no YouTube, começa com a conversa empolgada de três entregadores. Eles discutem – adivinha – os valores das taxas de entrega. “Na verdade, eu aceito seis e cinquenta em um dia tranquilo”. Lá em dólar, aqui em real, é o mesmo 6,50 de taxa mínima, que os motoboys brasileiros querem amentar.

Diante de um McDonald´s, os entregados dos Estados Unidos falam dos perigos da profissão, de manos que morreram no trânsito, do corre pelos filhos, das contas. Todos pretos, sentem-se parte de uma família de rua. “Ouvi pessoas me dizendo que sou irmão delas e elas nem sabem meu nome”.

Vemos bicicletas e motos adesivadas, improvisos com fita isolante, jaquetas e bags parecidas, o cultivo da habilidade das manobras e alguns malabarismos arriscados. Encostam várias motinhas de menor porte, tipo Biz.

E quando menos se espera, a cena em câmera lenta não deixa dúvidas de que, sim, há uma Igreja Universal na esquina do McDonald´s onde se passa o documentário. Está lá o logotipo em forma de coração e o lema, em espanhol, “Jesus Cristo es el senõr”.

Há muitas outras semelhanças que não são coincidências, como o entregador que representa a necessidade de todo motoboy saber um pouco de mecânica. Curtem rap, zoam esperando o pedido, em grupinhos. E como fumam!

Apesar de concentrado em nove minutos, o minidocumentário não é acelerado, e tem momentos de puro relaxamento, como a penúltima cena. Papo reto: se der uma moral pra esse vídeo, encontrará seus manos de longe na palma da mão, no celular, como você está acostumado.

Fonte: Visão do Corre
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