Morre segundo policial baleado na Maré, que continua cercada
Sargento Rafael Wolfgramm Dias morreu após cinco dias internado. Operação continua nas imediações e acessos da favela
Morreu no final da noite de 16 de junho o sargento Rafael Wolfgramm Dias, do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE). Ele havia sido ferido cinco dias antes em ação do Comando de Operações Especiais (COE) nas comunidades do Complexo da Maré, zona norte do Rio de Janeiro. Ainda não há informações sobre horário e local do sepultamento.
Enquanto isso, continuam as operações nas imediações e acessos do complexo de favelas da Maré. Segundo informações da Polícia Militar do Rio de Janeiro, há equipes das Rondas Especiais e Controle de Multidões (RECOM).
Ainda segundo a PM, as equipes estariam agindo “de acordo com um planejamento e direcionamento ininterrupto do comando”. Por isso, “em diversos momentos, você pode vê-las apoiando esse policiamento por lá”, quer dizer, na Maré.
Moradores temem que os policiais entrem novamente na favela. A PM não descarta a possibilidade, pois “os gestores podem direcionar equipes de batalhões próximos para apoiar o policiamento em diversos momentos do dia ou noite, de acordo com as avaliações estratégicas”.
Segundo Lohana Carla da Silva, mulher travesti, coordenadora do Instituto Trans de Favelas, que atua na Maré, “está tenso, consegui sair para vir trabalhar, não sei se vou conseguir entrar, porque o segundo policial do Bope morreu. Estamos muito apreensivos. Isso vem desde a semana passada”.
O sargento Rafael Wolfgramm Dias foi baleado na ação para prender envolvidos em roubos de veículos nas vias expressas na região do Complexo da Maré. O sargento e outro dois policiais militares foram feridos. Um deles, Jorge Galdino Cruz, morreu no mesmo dia da operação, 11 de junho.
Dias tinha 37 anos e ingressou na PM em 2008. Ele estava internado no Hospital Federal de Bonsucesso e deixa esposa e um filho.