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MP denuncia 22 por crime de falsa promessa de emprego em SP

Maioria das vítimas procurava emprego na região do Brás. Elas eram induzidas a comprar produtos que dariam comissão

19 set 2024 - 10h35
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Resumo
Esquema milionário de lavagem de dinheiro no centro de São Paulo começava com fraudes que envolviam falsas promessas de emprego e pessoas jurídicas de fachada. A organização era financiada também com a fabricação e venda de perfumes e cosméticos falsificados.
Os suspeitos usavam contas abertas em nome de laranjas cooptados na região central de São Paulo, notadamente no bairro do Brás.
Os suspeitos usavam contas abertas em nome de laranjas cooptados na região central de São Paulo, notadamente no bairro do Brás.
Foto: Divulgação Lopes

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) denunciou 22 pessoas por participação em um esquema de lavagem de dinheiro obtido a partir da prática de estelionato.

Os responsáveis pelas fraudes são investigados no âmbito da Operação Nian, deflagrada em outubro de 2023 pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) e pela Polícia Federal (PF).

Os suspeitos usavam contas abertas em nome de laranjas cooptados na região central de São Paulo, notadamente no bairro do Brás, e, a partir delas, transferiam valores para empresas de fachada vinculadas aos integrantes da organização criminosa.

O objetivo era dissimular a origem ilícita dos recursos, angariados a partir de falsas promessas de emprego. As vítimas dos estelionatos eram induzidas a comprar produtos que deveriam ser revendidos para gerar direito a uma suposta comissão.

Quando as pessoas solicitavam o resgate desse montante, os criminosos interrompiam o contato. Com essa prática, os criminosos arrecadaram, por exemplo, cerca de R$ 4 milhões em apenas dois meses, de abril a junho de 2022.

Entre as falsas empresas usadas para ocultar a origem ilegal de capitais havia algumas registradas para o comércio de roupas, transporte de cargas e venda de armas.

A organização era financiada também com a fabricação e venda de perfumes e cosméticos falsificados.

Segundo as investigações, um dos denunciados movimentou mais de R$ 23 milhões no período em que teve sigilo bancário quebrado.

Outro utilizava um automóvel de luxo registrado em nome de uma das pessoas jurídicas.

Fonte: Visão do Corre
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