Script = https://s1.trrsf.com/update-1727287672/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Na eleição para a Prefeitura de São Paulo, a favela venceu?

Principais candidatas e candidatos disputam o posto de representantes legítimos da periferia como nunca fizeram antes

4 out 2024 - 11h22
Compartilhar
Exibir comentários
Resumo
Eleições 2024: há quem nasceu na quebrada, mora ou morou nela, e conhece seus problemas profundamente. Descobriu-se a periferia. Seria de se imaginar que estamos garantidos. Será?
Distrito de Perus, na zona noroeste da capital, tem 45 bairros e mais de 80 mil habitantes.
Distrito de Perus, na zona noroeste da capital, tem 45 bairros e mais de 80 mil habitantes.
Foto: Rovena Rosa/AB

Em campanhas eleitorais para a Prefeitura de São Paulo, as promessas e visitas às periferias sempre aconteceram, o que era motivo de desconfiança, pois os políticos “só aparecem em época de eleição”.

Mas, em 2024, mudou: um dos principais temas da campanha, senão o principal, foi a associação com as quebradas. Candidatas e candidatos podem ser muito diferentes dependendo de quem se compara, mas todas e todos são da periferia, e se não são, prometem lutar por ela.

Há quem nasceu na quebrada, mora ou morou nela, e conhece seus problemas profundamente. Descobriu-se a periferia. Seria de se imaginar que estamos garantidos. O problema é que só saberemos o quão verdadeiras são as propostas no final do próximo mandato.

Daqui quatro anos, se a memória ajudar, quem está aí no fundão poderá conferir. Mas e agora, às portas da eleição, como fazer? Eu gostaria muito, muito mesmo, de ter uma resposta certeira, definitiva, uma receita, mas soaria como falsa promessa de campanha.

Esse é o nosso maior problema: como saber se, desta vez, a favela venceu? Não tem como saber. É angustiante. Se nesta eleição continuássemos como coadjuvantes, seria até mais fácil, seria a continuidade histórica, mas na posição de protagonistas, complica tudo.

Complica porque, ao invés de alívio, aumenta a desconfiança, o que é péssimo para a democracia, para a política, para o futuro da cidade. Quando o milagre é demais, o santo desconfia.

Talvez o único saldo positivo seja o seguinte: no final do próximo mandato, se a vida na periferia não melhorar, você foi enganado. E saberá exatamente por quem.

Fonte: Visão do Corre
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade