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Não tem sentido destruir o resort do traficante Peixão no RJ

Construção chamada Resort Green foi posta abaixo, mas equipamentos de ginástica da academia serão usados pela polícia

12 mar 2025 - 10h36
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Resumo
Na região do Complexo de Israel faltam áreas de cultura e lazer. A comunidade poderia se beneficar da estrutura que tem lago, piscina, academia, churrasqueira, entre outras edificações que o Estado nunca construiu na comunidade.
Máquina destrói resort no Complexo de Israel, usado pelo traficante Peixão, do Terceiro Comando Puro (TCP), que está solto.
Máquina destrói resort no Complexo de Israel, usado pelo traficante Peixão, do Terceiro Comando Puro (TCP), que está solto.
Foto: Divulgação Polícia Civil

É inacreditável que as forças policiais do Rio de Janeiro tenham destruído o que está sendo chamado de resort do traficante Peixão, no Complexo de Israel, em Parada de Lucas, no Rio de Janeiro. Por que não deixar a área para a comunidade usar?

A destruição é mais inacreditável ainda – e contraditória – porque os equipamentos da academia que existiam no resort foram levados à Cidade da Polícia, onde serão usados para treinamento dos agentes.

Por que os equipamentos podem ser reaproveitados, e o resort, não?

A região é periférica, carente de áreas de lazer e cultura. O Complexo de Israel, na zona norte do Rio de Janeiro, inclui a Cidade Alta, Parada de Lucas, Vigário Geral, Cinco Bocas e Pica-Pau. É quebrada, comunidade, favela.

O Estado foi incapaz de construir qualquer equipamento semelhante na região. O Resort Green, como era chamado, tem, quer dizer, tinha: lago, piscina, academia, ambientes climatizados, espaço para churrasco, uma mansão.

Já imaginou a comunidade, sempre oprimida pelo crime, podendo nadar, fazer churrasco, usar as dependências para atividades educativas e culturais? Mas não; o Estado precisou demonstrar sua força, levou máquinas e derrubou tudo.

Nas transmissões ao vivo de canais de televisão aberta, que deram enorme espaço para a operação policial, jornalistas subservientes até ensaiaram questionar a demolição, mas não passou disso.

No clássico A Arte da Guerra, do general chinês Sun Tzu, escrito quatro séculos antes de Cristo, o autor enfatiza a importância de controlar as emoções e usar a razão para alcançar a vitória.

Por enquanto, o Estado vem perdendo a guerra. E, apesar do estardalhaço, Peixão ainda não foi preso.

Fonte: Visão do Corre
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