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O que acontece com refugiados quando desembarcam no Brasil?

Na periferia de Guarulhos, abrigos recebem pessoas do mundo inteiro, que chegam pelo aeroporto internacional

20 jun 2024 - 09h24
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Resumo
Refugiados passam por órgãos de assistência e encaminhamento, precisam obter documentos como CPF e carteira de trabalho, fazer cadastro em programas sociais, preencher pedidos de residência ou refúgio, entre outros trâmites. Nos abrigos, poderão se estruturar para recomeçar a vida.
Refugiados afegãos com visto humanitário acampam no Aeroporto Internacional de Guarulhos a espera de abrigo
Refugiados afegãos com visto humanitário acampam no Aeroporto Internacional de Guarulhos a espera de abrigo
Foto: Rovena Rosa/AB

A maioria dos refugiados chega ao Brasil pelo Aeroporto Internacional de São Paulo, localizado em Guarulhos. Desembarcam na cidade vizinha à capital paulista e, ainda no aeroporto, cumprem algumas etapas burocráticas até irem para abrigos.

Primeiro, passam por três órgãos de assistência e encaminhamento onde agentes sociais são responsáveis por iniciarem a documentação. Refugiados precisam de CPF, carteira de trabalho, cadastro em programas sociais, preenchem pedidos de residência ou refúgio, protocolos para a Polícia Federal, entre outros trâmites.

No caso de famílias, é preciso providenciar matrículas para crianças em idade escolar. Quem precisa de tratamento médico, segue para a UBS mais próxima. Também são os agentes sociais que encaminham refugiadas e refugiados a casas de acolhimento.

“As crianças têm mais facilidade em se adaptar graças às escolas. O convívio com outras crianças ajuda a quebrar a barreira do idioma, elas aprendem de forma mais lúdica”, diz Luiza Marins, coordenadora do abrigo Povos Fraternos, em Guarulhos.

Na periferia, dois abrigos recebem refugiados

O abrigo Povos Fraternos existe há cerca de um ano e meio. É um dos programas do Serviço Social Batuíra, em parceria com a prefeitura de Guarulhos e a agência da ONU para refugiados (ACNUR).

Acolhem afegãs e afegãos fugidos do talibã. Quase 600 pessoas passaram por lá, de homens solteiros e núcleos familiares. Atualmente, o Povo Fraternos atende 70 refugiados.

Refugiadas afegãs acampadas no Aeroporto Internacional de Guarulhos. ONU lembra de problemas climáticos no Dia Mundial do Refugiado
Refugiadas afegãs acampadas no Aeroporto Internacional de Guarulhos. ONU lembra de problemas climáticos no Dia Mundial do Refugiado
Foto: Rovena Rosa/AB

O abrigo tem duas unidades no Jardim Cumbica, periferia de Guarulhos. Em uma, homens solteiros moram juntos, com quartos compartilhados e beliches. A outra unidade é dedicada a núcleos familiares. Nela há quartos compartilhados e com suítes, para famílias maiores.

As duas unidades são próximas e na vizinhança há escolas da rede pública, UBS, mercados e áreas de lazer, como praças e quadras de futebol.

No abrigo, há cursos profissionalizantes de barbeiro, cabeleireiro e manicure. E aulas de português e cultura brasileira. A coordenadora Luiza Marins conta que os afegãos gostam das reuniões e dos costumes, e “no carnaval me mandavam vídeos nos bloquinhos”.

O período de permanência é de seis meses, mas em geral as pessoas acolhidas saem antes. Em média, refugiados levam de três a quatro meses até alugar uma casa e começar uma vida independente.

Fonte: Visão do Corre
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