Papai Noel já chegou a duas favelas cariocas. E ele é preto
Em eventos nas comunidades do Caju e Cidade de Deus, personagem cuja pele é semelhante à das crianças distribui livros
Iniciativa promove empoderamento, fortalecendo laços comunitários e a construção de um imaginário mais inclusivo e diverso para as novas gerações. Mais de mil crianças festejaram o Papai Noel negro.
O presente de Natal pode ser ainda mais representativo se a cor da pele do Papai Noel for semelhante à das crianças que recebem os presentes. Foi o que aconteceu nas comunidades do Caju e Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, durante o Natal Mágico da ONG Favela Mundo.
Mais de mil crianças brincaram e ganharam livros. “São sete anos sendo Papai Noel. É sempre uma emoção muito diferente, mas o que se assemelha é que volto a ser criança, aquele menino que não via um Papai Noel negro”, afirma o ator, diretor e escritor Rodrigo França.
“Eu sei quanto isso representa para cada criança, no imaginário. As crianças alisam o cabelo, percebem a textura, que é a mesma do pai, do avô, do tio, a mesma textura do cabelo delas. Isso é mágico”, diz França, que participou da ação na Escola Municipal Joaquim Fontes, Cidade de Deus.
Lá e no CIEP Henfil, no Caju, foram distribuídos livros de autoras e autores brasileiros, mas o Papai Noel, também preto, foi interpretado pelo ator e cantor Lucas da Purificação, que atualmente interpreta Jair Rodrigues no musical Tom Jobim.
“Estou muito feliz de participar desse momento. O evento evidencia o quanto a representatividade é importante para os nossos pequenos”, afirmou o ator.