Paralisação dos entregadores de aplicativos: entenda as reivindicações
Trabalhadores que fazem entregas de carros, motos e bicicletas realizam o Breque Nacional dos Apps 2025 durante dois dias
Movimento tem quatro reivindicações principais, entre elas o aumento do valor pago pelo quilômetro rodado. Em São Paulo, motociata sairá do estádio do Pacaembu e irá até a sede da iFood, em Osasco, na Região Metropolitana de São Paulo.
Entregadores de carros, motos e bicicletas que trabalham para aplicativos como iFood, Uber e 99 realizam uma paralisação nacional de 48 horas, nesta segunda (31/3) e terça (1/4). A paralisação pretende ser nacional.
Embora cobrem melhorias de todos os aplicativos, o iFood aparece como principal alvo das reivindicações por ser líder de mercado. Na capital paulista, entregadores pretendem ir do estádio do Pacaembu até a sede de empresa, em Osasco, na manhã de 31 de março.
No Brasil inteiro, a pauta da paralisação é a mesma: aumento da taxa de entrega, do valor pago por quilômetro rodado, limitação de três quilômetros para deslocamento de ciclistas e recebimento por cada entrega feita, mesmo que realizada na mesma rota.
Valor da entrega
Uma das reivindicações é aumentar o valor da entrega para R$ 10,00. Atualmente, é R$ 6,50. O último ajuste foi em 2022, mas ele também aumentou a distância percorrida, de 3 para 5 quilômetros.
Valor do quilômetro rodado
O valor atual é de R$ 1,50 por quilômetro rodado. A reivindicação é reajustar para R$ 2,50. Um dos argumentos é o aumento dos combustíveis.
Distância máxima para entrega de bicicleta
Longas distâncias, além de cansativas, demoram mais e impedem que o entregador retorne rápido para fazer outra entrega. A limitação de um raio de 3 quilômetros para entregas de bicicleta pretende resolver esses dois problemas.
Pelo fim das entregas agrupadas
Embora os aplicativos cobrem cada pedido do cliente, quando o entregador realiza diferentes entregas na mesma rota ou no mesmo endereço, recebe somente uma vez. São os “pedidos agrupados”. Trabalhadores querem que toda entrega seja paga, independente do endereço.
Terceiro breque nacional
A paralisação de 31 de março e 1 de abril está sendo organizada pela Breque Nacional dos Apps e Aliança Nacional dos Entregadores por Aplicativos (ANEA).
A primeira paralisação de motoristas de aplicativos aconteceu em 1 de julho de 2020, em meio à pandemia. Foram registradas grandes manifestações em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte.
Em 25 de julho daquele ano, nova paralisação. O movimento contou com apoio de consumidores e influenciadores. A hashtag #BrequeDosApps ficou entre os assuntos mais comentados do Twitter (atual X).
