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Periferia não foi discutida em debate à Prefeitura de SP

Diferente do protagonismo da periferia em momentos eleitorais, no debate Terra, Estadão FAAP ela quase não foi citada

14 ago 2024 - 13h08
(atualizado em 16/8/2024 às 18h51)
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Resumo
A situação confirma a mudança no cenário político contemporâneo: menos propostas, mais lacração, e muito pouca atenção aos problemas reais da maioria da população paulistana, trabalhadora e moradora das regiões periféricas.
Jardim Monte Azul, na periferia de São Paulo. Quem mora nas quebradas, não viu seus problemas debatidos.
Jardim Monte Azul, na periferia de São Paulo. Quem mora nas quebradas, não viu seus problemas debatidos.
Foto: Léu Britto

Em três horas de debate eleitoral com candidatas e candidatos à Prefeitura de São Paulo, o tempo dedicado à periferia não somou um minuto.

Nem diante de perguntas que envolvem diretamente problemas periféricos, como transporte público e enchentes, as quebradas protagonizaram o debate.

A periferia foi citada pontualmente, mas não como tema de, sequer, uma resposta completa. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) mencionou professores de região periférica no início do debate.

José Luiz Datena (PSDB), perguntado pelo repórter do Estadão, falou vaga e rapidamente sobre tornar a periferia um território de empregos.

Pablo Marçal (PRTB) disse, durante alguns segundos, que quem ganha mais de R$ 5 mil, sai da periferia. A candidata Maria Helena (Novo) tangenciou o assunto.

Nem Guilherme Boulos (PSOL) e Tabata Amaral (PDT), de quem, em tese, seria esperada a abordagem periférica, deram prioridade às quebradas de São Paulo.

A única favela citada, Paraisópolis, apareceu em resposta do prefeito Ricardo Nunes, que listou ações no local, e em menção de Tabata Amaral acusando político ligado a Pablo Marçal.

A candidata disse que teria havido um encontro com integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC) em Paraisópolis.

A situação é sintomática: evidencia uma mudança na postura política, focada em lacrações e visando cortes curtos de momentos impactantes em vídeo.

Houve um tempo em que candidatos iam às periferias e falavam delas, ao menos em época de eleição. Agora, sequer as discutem.

Mas é a periferia que vai eleger a próxima ou o próximo prefeito de São Paulo, porque a população pobre é a maioria na cidade mais rica do país.

A palavra da moda para essa situação, pretensamente intelectualizada, é “disrupção”. A que o povo entende, é desprezo.

Nunes discute com Datena sobre desigualdade em SP: “Tem prefeito que ganha eleição e vai para a periferia”:
Fonte: Visão do Corre
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