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Por que o Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, tem esse nome?

Operação contra integrantes do Comando Vermelho (CV) gera novamente a dúvida sobre o nome do local povoado há um século.

15 jan 2025 - 14h59
(atualizado em 24/4/2025 às 10h26)
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Resumo
O Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, surgiu nos anos 1920 e foi nomeado em referência a Leonard Kaczmarkiewicz, imigrante polonês chamado de 'alemão' pelos moradores. O local reúne 15 favelas e tem cerca de 71 mil habitantes, com transformação impulsionada por indústrias e loteamentos.
Aglomerado de casas do Complexo do Alemão, zona norte do RJ, onde acontece operação contra o Comando Vermelho (CV).
Aglomerado de casas do Complexo do Alemão, zona norte do RJ, onde acontece operação contra o Comando Vermelho (CV).
Foto: Tânia Rego/AB

O Complexo do Alemão tem esse nome devido a um imigrante polonês que chegou ao Rio durante a 1ª Guerra Mundial.

Segundo o Dicionário de Favelas Marielle Franco, na década de 1920, Leonard Kaczmarkiewicz adquiriu terras na Serra da Misericórdia, uma região rural. Os moradores achavam difícil pronunciar o nome do proprietário, que, embora polonês, começou a ser chamado de “alemão”.

Estava criado o apelido, que permanece até hoje, criando algumas confusões. Uma delas precisa ser sempre esclarecida: entre o conjunto de favelas, existe uma que se chama Morro do Alemão, com 10.455 moradores segundo o Censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Sobre o Complexo do Alemão

O Morro do Alemão compõe o Complexo do Alemão, que reúne 15 comunidades. A ocupação começou ainda nos anos 1920, potencializada pela instalação do Curtume Carioca. Ele atraiu operários e suas famílias.

Leonard Kaczmarkiewicz, o polonês chamado de “alemão”. Apelido deu origem ao nome de uma favela e do conjunto delas.
Leonard Kaczmarkiewicz, o polonês chamado de “alemão”. Apelido deu origem ao nome de uma favela e do conjunto delas.
Foto: Reprodução

Um forte impulso de desenvolvimento acontece em 1946, com a abertura da Avenida Brasil. A região se transformou no principal polo industrial da cidade.

Outro marco histórico é de 1951, quando o mesmo Leonard, o polonês chamado de alemão, dividiu sua propriedade em lotes para venda. População, comércio e indústria cresceram ainda mais.

Surgiram as comunidades Morro do Alemão, da Esperança, dos Mineiros e do Relicário. Em 1961, foi ocupado o Morro da Baiana e, a partir dos anos de 1970, surgiram a Fazendinha e o Reservatório de Ramos.

O bairro foi oficializado em 9 de dezembro de 1993 “em homenagem ao primeiro dia das divisões dos terrenos feito na mesma data, no ano de 1951”, diz o documento da Prefeitura. 

Visão clássica da favela no Morro do Alemão: imensidão horizontal de casas com as caixas d´água azuis.
Visão clássica da favela no Morro do Alemão: imensidão horizontal de casas com as caixas d´água azuis.
Foto: Fábio Costa

Favelas que compõem o Complexo do Alemão

O complexo tem pouco mais de 71 mil moradores, segundo a Casa Fluminense:

  • Morro da Baiana
  • Morro do Alemão
  • Favela da Alvorada
  • Favela Nova Brasília
  • Favela Pedra do Sapo
  • Favela das Palmeiras
  • Favela Fazendinha
  • Favela da Grota
  • Favela da Matinha
  • Morro dos Mineiros
  • Favela do Reservatório de Ramos
  • Favela das Casinhas
  • Morro do Adeus
  • Favela Areal
  • Morro do Coqueiro
Fonte: Visão do Corre
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