Qual foi o lugar do funk no Rock in Rio?
Ritmo ainda marginalizado socialmente ganhou as ruas da Cidade do Rock e se fez presente durante todos os dias do festival
A nona edição do Rock In Rio chegou ao fim neste Domingo (11/09), o evento que teve a quebrada representada pelo Espaço Favela não se restringiu a um único palco dar visibilidade ao funk. Andar pela Cidade do Rock nestas duas últimas semanas era esbarrar na cultura das favelas.
Praticamente onipresente nos estandes das atrações patrocinadas do Rock In Rio, como a arena Itaú que recebeu o brega funk de Pedro Sampaio e o ‘mandelão’ de Mc Dricka, o ritmo também foi destaque do palco Supernova em shows de Poze do Rodo e WC no Beat.
A predominância do estilo foi ainda mais intensa no palco Sunset, onde artistas como Xamã, Papatinho, L7nnon, Hariel, Mc Carol, Luísa Sonza, Gloria Groove e Ludmilla fizeram shows extremamente lotados. Este último, especificamente, levantou uma série de debates acerca de como o funk é grande o suficiente para estar no palco Mundo do festival.
Em contrapartida a popularização do ritmo em outros espaços, este ano, só foi possível ver o funk no palco Mundo a partir da inserção feita por artistas internacionais como Jason Derulo, Camila Cabello e Rita Ora.
Hoje Anitta fez um desabafo nas redes, com seu conhecido deboche e ironia a cantora alega que só existe funk hoje no festival porque ela teve que brigar muito pra isso e, que ele só estava lá porque foi obrigado a ser engolido pelo festival.
Polêmicas à parte, é importante ressaltar que uma história vem sendo trilhada há muito tempo até chegarmos no momento em que o funk está no maior festival de música do País, esse movimento tende a ser cada vez maior e, dada a repercussão com o público só podemos esperar que na próxima edição do Rock In Rio a cultura do funk seja aclamada para além do Espaço Favela.