“Quando deslizou, escutei o pessoal gritando”, diz moradora de Ipatinga (MG)
Dona de bar está acordada desde que a chuva começou. Ela mora em uma das áreas mais atingidas, na periferia da cidade
Prefeito atualizou dados sobre vítimas no início da noite de domingo (12/01). São nove mortes, entre elas, duas crianças. Áreas mais atingidas estão na periferia, como o bairro Bethânia, que recebeu 204 milímetros de chuva.
Bairros como Bethânia, Vila Celeste, Granjas Vagalume e Vale do Sol, todos na periferia de Ipatinga (MG), estão entre os mais afetados pela chuva que causou alagamentos e deslizamentos – eles começaram na madrugada deste domingo, de 12 de janeiro.
“Fiquei com o pessoal no bar até cinco da manhã. Quando deitei, o vizinho bateu no portão desesperado, falou que estava desabando, para eu sair de casa”, conta Flaviana Souza Alves de Araújo, 42 anos, moradora do bairro Vale do Sol.
Ele mora e tem um bar na rua Gaturamo. A rua Curió, abaixo, foi a mais afetada do Vale do Sol. Os bairros periféricos atingidos pela chuva estão próximos da sede provisória da Prefeitura de Ipatinga (MG) – o prédio oficial passa por reformas.
“Recebi mensagem pedindo roupa para o sepultamento de uma criança de nove anos, é desesperador”, conta Flaviana. Ela mora há 32 anos na região e diz nunca ter visto devastação como a causada agora.
No início da noite de domingo, a moradora ainda não tinha conseguido dormir. “Não consigo parar de pensar, escutei o pessoal gritando, os barulhos”.
Ela está mobilizada, junto com outros moradores, para arrecadar ajuda. Na região, as doações estão centralizadas na praça da Vila Celeste.
No inicio da noite de domingo (12/01), o prefeito de Ipatinga, Gustavo Nunes (PL), confirmou a morte de nove pessoas, sendo duas crianças.
