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“Vai ter 40% da frota”, diz sindicalista sobre greve de ônibus em SP

Decisão desafia ordem judicial que obriga a totalidade da frota rodando em horários de pico

2 jul 2024 - 19h23
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Sindicato que representa trabalhadores do transporte promete negociar se houver proposta até meia-noite de terça (2/7)
Sindicato que representa trabalhadores do transporte promete negociar se houver proposta até meia-noite de terça (2/7)
Foto: Fernando Frazão/AB

Os motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo decidiram entrar em greve no início da noite de terça-feira (02/07) em assembleia realizada no Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindmotoristas), que representa a categoria.

Caso não haja uma proposta patronal até meia-noite desta terça-feira, o Sindicato promete greve e a circulação de, no máximo, 40% da frota, independente do horário, desafiando a ordem judicial de que a totalidade dos ônibus estejam circulando em horário de pico.

Leia entrevista com Anailton Francisco de Souza, diretor do SindMorotistas.

O que acontecerá se vier uma proposta até meia-noite?

Se vier, suspende a greve e convoca outra assembleia, amanhã mesmo.

Vocês acham que haverá proposta das empresas?

Nós sempre trabalhamos com otimismo, o presidente da Câmara sempre se colocou à disposição para mediar uma conversa entre a prefeitura e os empresários. Vamos ver o que ele consegue. Tendo uma proposta próxima do que está sendo reivindicado, não temos problema algum de suspender a greve.

Vocês vão manter a totalidade da frota nos horários de pico?

Não, no máximo 40%, em qualquer horário. Isso não ser atendido, senão não é greve. Se eles viessem com proposta coerente, decente, nós iríamos inclusive apresentar sugestões.

Além do reajuste salarial, quais outras reivindicações?

Nós queríamos ajustar a redação da cláusula de uma hora de almoço, para que voltasse a ser como era antes. Em 2019, decidiram que a jornada era de 6h30 trabalhadas, mais 30 minutos. Tiraram os 30 minutos e implantaram uma hora de refeição, mas com isso o trabalhador está perdendo muito em hora extra.

Qual recado do Sindicato para a população trabalhadora que precisa do ônibus?

Infelizmente, quando se trata de reivindicações da classe trabalhadora, os patrões sempre têm um não como resposta. Os trabalhadores do transporte estão lutando também pelas famílias dos outros trabalhadores, pela melhoria do transporte. Não estamos fazendo a greve por revanchismo, ou porque queremos prejudicar a população. Os negociadores dificultam mais do que ajudam porque não entendem nada de transporte coletivo.

Fonte: Visão do Corre
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