Portal 'Nós, Mulheres da Periferia' pede doações para manter atividades
Criado em 2014, site jornalístico é dedicado a repercutir as opiniões e as histórias de mulheres negras, indígenas e periféricas; veja como ajudar
Embora o Brasil tenha 58% de mulheres atuando no jornalismo, apenas 13% ocupam cargos de liderança em veículos jornalísticos. Esses dados revelam o quão árdua é a luta para manter uma redação formada exclusivamente por mulheres, em sua maioria negras e periféricas.
Apesar do reconhecimento pela qualidade jornalística, o portal "Nós, Mulheres da Periferia", está enfrentando um desafio para manter a redação através do jornalismo independente. Diante disso, o veículo tem divulgado sua campanha de doações no Catarse, meio de financiamento alternativo onde os leitores podem apoiar o trabalho realizado pelo portal.
Em atividade desde 2014, o site jornalístico é dedicado a repercutir as opiniões e as histórias de mulheres negras, indígenas e periféricas com o compromisso de oferecer outra perspectiva dos acontecimentos no Brasil e no mundo, e desta forma, contribuir para a construção de uma sociedade plural, antirracista e não patriarcal.
Em 2020, o podcast "Conversa de Portão", produto do "Nós, Mulheres da Periferia" ficou entre os 20 melhores lançamentos do ano, segundo o Spotify. Além disso, em sua trajetória, o veículo conquistou o prêmio de comunicação Almerinda Farias Gama e Antonieta de Barros, em 2016, pelo jornalismo comprometido com o antirracismo e garantiu o 2º lugar no Troféu Mulher Imprensa, em 2017.
Nos últimos anos, o portal também foi responsável pela criação de uma grande rede nas periferias de São Paulo, a partir de oficinas de comunicação destinadas a mais de 100 mulheres entre 17 e 92 anos, chegando onde as outras mídias não chegavam.
A cultura também é uma potente ferramenta dentro da redação. A produção "Nós, Carolinas", um documentário autoral, foi exibido em centenas de escolas, unidades básicas de saúde e centros comunitários ligados às mulheres. O portal também possui em seu currículo a exposição multimídia "QUEM SOMOS [POR NÓS]", que recebeu a visita de mais de 500 mulheres no Centro Cultural da Juventude (CCJ).
Atualmente, a campanha de financiamento atingiu apenas 20% da meta mensal. O veículo, então, reitera a necessidade das contribuições, para a produção de conteúdos relevantes sobre as periferias do Brasil e do mundo por meio de investigações e denúncias realizadas pelo portal.
Com o valor arrecadado, a instituição deseja manter a remuneração da equipe fixa, investir em equipamentos para aprimorar as plataformas de conteúdo e garantir que as histórias cheguem em cada vez mais pessoas. Acesse o site do Catarse e contribua com um jornalismo ético, especializado e confiável.
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