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Curiosidade: Você sabia que não existe sabor vegano?

O que determina se alguma coisa é vegana ou não é a produção e a matéria-prima utilizada, não o sabor.

20 ago 2022 - 05h00
(atualizado em 11/1/2023 às 11h25)
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Conversa entre vizinhas
Conversa entre vizinhas
Foto: CanvaPro

É comum lermos a palavra vegana em embalagens, até mesmo de alimentos que contém apenas um ingrediente de origem vegetal, como flocos de milho, aveia, farinha de mandioca, entre outros.

Em certos produtos, é muito importante sinalizar que não contém nada de origem animal e dizer que é vegano, isso informa e direciona o consumidor a ter escolhas mais conscientes. Mas produtos naturalmente sem nada de origem animal, não faz sentido, a não ser com o intuito de passar uma ''boa imagem'' com um viés comercial.

Nossa mãe chegou em casa esses dias e disse que trombou com uma vizinha na rua e que ela fez um comentário assim: ''Regina, o pão que eu sempre compro estava em falta no mercado, aí vi um pão escrito ''vegano'' e lembrei da matéria que vi dos seus filhos numa revista e peguei, mas quando cheguei em casa e comi,  parecia o pão que eu estava acostumada a comprar e não tinha sabor de vegano, que coisa, né?!''.

Foto: CanvaPro

A desinformação e o desinteresse no assunto muitas vezes faz com que tenhamos certos posicionamentos ou pré-julgamentos que não tem absolutamente nada a ver com a realidade. Ao contrário do que boa parte das pessoas pensa, não existe ''sabor vegano''.

Os produtos e determinados alimentos são considerados veganos quando não envolvem o uso de animais em sua produção, isso não quer dizer que uma massa de macarrão sem ovos tenha um sabor diferente, ao ponto de ser chamado de gosto vegano, porque não existe sabor vegano, existe alimentação sem gosto de carne, leite e ovos.

É inegável que ao se tornar vegano muitas pessoas passam a utilizar temperos mais naturais, menos gordurosos ou açucarados, e sim os sabores são diferentes. E o que dá gosto nos alimentos são temperos, especiarias, mas isso não tem relação direta com o veganismo, no sentido de associar completamente, pois muitos alimentos de origem animal são feitos com especiarias também.

A farinha de trigo é considerada vegana, não porque tem ‘’gosto de vegana’’, mas porque o processo de fabricação e a matéria-prima não envolve animais, portanto é vegana. Absolutamente todas as frutas, verduras, legumes, grãos e cereais são considerados alimentos veganos.

Um sabonete considerado vegano, por exemplo, ele não tem textura ou cheiro de vegano, ele não é nem um pouco diferente de outros sabonetes, ele é considerado vegano devido à marca não realizar teste em animais e não utilizar ingredientes de origem animal na composição.

Algumas empresas se apropriam do termo vegano e colocam em suas embalagens e publicidades uma estética natural, ecológica, que acaba confundindo o consumidor de modo geral e dando a entender que aquilo tem um sabor específico ou totalmente fora do que conhecemos, o que é falso. 

Não é raro levarmos um rango para um churrasco ou festa em geral e as pessoas virarem o rosto, fazer cara de nojo e muitas vezes comentar de forma pejorativa, sem ao menos saber o que tem ali, sem nem sequer ter experimentado. Agem dessa forma só pelo fato de não conter nada de origem animal e não porque realmente tem um gosto estranho ou diferente.

Mas tudo isso é muito normal, porque as pessoas estão aprendendo ainda, o assunto, de fato, é bastante novo. O entendimento do que é veganismo vai se tornando mais acessível ao longo do tempo.

Se liga: 

O veganismo é uma forma de viver que busca excluir tudo que envolve sofrimento e exploração animal no seu dia a dia, e não tem relação nenhuma com sabor de comida ou características de produtos, por exemplo.

Vegano Periférico Leonardo e Eduardo dos Santos são irmãos gêmeos, nascidos e criados na periferia de Campinas, interior de São Paulo. São midiativistas da Vegano Periférico, um movimento e coletivo que começou como uma conta do Instagram em outubro de 2017. Atuam pelos direitos humanos e direitos animais por meio da luta inclusiva e acessível, e nos seus canais de comunicação abordam temas como autonomia alimentar, reforma agrária, justiça social e meio ambiente.
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