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Restaurantes do Sesc-SP devem manter prato feito

Na pandemia, self service acabou e começou o agendamento por aplicativo, que organiza atendimento, mas exige agilidade

24 abr 2023 - 10h42
(atualizado às 10h49)
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Comedoria do Sesc Santana. Opção por prato feito agendado por aplicativo organizou atendimento
Comedoria do Sesc Santana. Opção por prato feito agendado por aplicativo organizou atendimento
Foto: Matheus José Maria

Antes da pandemia causada pelo coronavírus, o almoço nos restaurantes paulistas do Sesc oferecia três tipos de carne, saladas diversas, diferentes sobremesas e frutas. Com a Covid-19, as possibilidades de escolha foram reduzidas a dois pratos feitos, sendo um vegetariano, uma opção de fruta e uma de sobremesa. E, segundo o Sesc, o esquema vai continuar.

Segundo a assessoria, a nova situação “é positiva e alinhada à missão do Sesc em oferecer serviços com atendimento humanizado, bem como uma alimentação adequada e saudável. O sistema de agendamento contribuiu com a diminuição das filas nas comedorias, oferecendo um serviço mais eficiente e de acordo com a capacidade de produção e instalações físicas dos espaços”.

Mudança nas comedorias

Os restaurantes paulistas do Sesc, chamados de “comedorias”, funcionam em 12 unidades entre capital, interior e litoral, além de Bertioga, que atende hóspedes da unidade turística. Todas essas comedorias passaram a oferecer pratos feitos, ou “porcionados”, em setembro de 2020.

Pelo país, há diferentes formatos de atendimento em 140 restaurantes, que oferecem 20 milhões de refeições e lanches por ano. O sistema de agendamento via aplicativo, para quem tem credencial, e o prato porcionado, foram adotados somente nas unidades paulistas.

Prato porcionado, ou prato feito, no Sesc 24 de maio: almoço para quem tem credencial plena custa R$ 9,00
Prato porcionado, ou prato feito, no Sesc 24 de maio: almoço para quem tem credencial plena custa R$ 9,00
Foto: Ricardo Ferreira

A justificativa para implantação desse sistema foi a manutenção do distanciamento social, evitando aglomerações, e a diminuição do risco de contaminação dos alimentos – uma placa acrílica separa quem vai almoçar de funcionários que servem o prato.

A volta ao esquema de self-service é improvável porque o Sesc avalia positivamente a mudança, como “um ganho”.

Clientes parecem ter se acostumado

Adriano José da Silva, contador, almoça na comedoria do Sesc Pinheiros desde quando havia churrasqueira. Viu a retirada do carne assada na hora, consumiu por anos o self service, deixou de frequentar a comedoria na pandemia e agora come prato feito.

Sua impressão é a de que há menos opções de comida. Apesar disso, “não tenho do que reclamar, ficou mais organizado, mas tem muita gente que não gostou. Quando era self service era mais prático, a pessoa se servia, colocava o tanto que queria, agora tem um pouco desse transtorno, falar ao atendente como você quer o prato. Cada um tem um jeito: eu sempre peço para colocar o feijão em cima do arroz”.

Sesc Carmo diminuiu as filas

Sobre a opção pelo prato feito em substituição do self service, uma atendente do Sesc Carmo, no centro de São Paulo, diz que “toda mudança gera reclamação”, mas o público se acostumou. Segundo ela, a diminuição da quantidade de refeições servidas é compensada pela organização, como a eliminação de filas longas e demoradas.

Essa é a opinião de Jair Vance, agente de trânsito da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Dependendo de onde está, almoça na unidade Carmo ou Belenzinho. “Como eu como pouco, a mudança não fez diferença”.

Para Jaldier Ferraz, o desperdício de comida diminuiu. No esquema de self-service, havia quem não comesse tudo o que tinha colocado no prato. Outros, demoravam no restaurante, aumentando o tempo de espera na fila.

Jaldier Ferraz almoça no Sesc Carmo. Para estar lá diariamente, não perde horário de agendamento
Jaldier Ferraz almoça no Sesc Carmo. Para estar lá diariamente, não perde horário de agendamento
Foto: Marcos Zibordi

Aplicativo exige rapidez para marcação do almoço

Apesar dos pontos positivos apontados pelos entrevistados, todos eles sabem que, para marcação do almoço por aplicativo, é preciso estar alerta: em poucos minutos, as vagas esgotam. Por isso, colocam seus celulares para despertar 14h30, quando começa o agendamento. Muita gente tenta ao mesmo tempo. Leva vantagem quem tem celular com maior velocidade de processamento e internet rápida.

ANF
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