Veja os benefícios de parar de consumir animais e derivados
Deixar de consumir animais é a melhor forma de manter uma boa saúde, defender os animais e proteger o meio ambiente.
Os benefícios que temos ao parar de consumir carne se dá tanto no âmbito individual quanto no âmbito coletivo. Isso significa que, ao cortar os produtos de origem animal, a tendência é termos melhoras pessoais, como na nossa saúde e disposição e, também, contribuir com a preservação ambiental, diminuição da matança animal e no combate às mudanças climáticas
Há poucos dias, uma matéria totalmente mal-intencionada e confusa, mencionou que uma alimentação baseada em vegetais é mais prejudicial ao meio ambiente do que uma alimentação baseada em produtos de origem animal (em pequena escala). Mas é uma grande mentira.
A produção de carne, com todo recurso destinado à criação de animais, é muito, mas muito pior em relação ao meio ambiente, quando comparado com a produção de vegetais. Inclusive, um estudo que analisou mais de 38.000 fazendas que produzem 40 produtos agrícolas diferentes em todo o mundo chegou à conclusão que a melhor e mais sustentável forma de se produzir carne hoje é pior do que a pior e menos sustentável de se produzir vegetais.
A ideia de produzir carne localmente, é ultrapassada e impossível em um planeta que em breve terá 10 bilhões de bocas para alimentar.
Vamos listar alguns benefícios do veganismo que já foram comprovados cientificamente.
Positivo para a saúde
Há mais de 7 anos a Academia de Nutrição e Dietética dos EUA estabeleceu que as dietas veganas e vegetarianas são saudáveis e nutricionalmente adequadas. No entanto, só é saudável e nutricionalmente completa, uma alimentação diversificada e colorida. Uma alimentação vegana baseada apenas em carboidrato e pobre em nutrientes e proteína, não é nada benéfico.
Por isso, é importante ter uma alimentação vegana repleta de grãos, cereais, frutas e legumes.
O mais importante, é que a alimentação vegana exclui os alimentos cancerígenos e ricos em colesterol, nocivos à saúde humana, como as carnes, embutidos ultraprocessados, leite, ovos, queijos e derivados. Esses produtos são considerados prejudiciais ao organismo e estão relacionados a diversas doenças crônicas como as cardiovasculares, câncer e o diabete.
Para além do colesterol, um estudo nos Estados Unidos que contou com a presença de 4.000 homens por 12 anos, constatou que a reação do nosso organismo ao consumo de carne vermelha também é prejudicial à saúde. Como, por exemplo, o aumento nos níveis de glicose no sangue e inflamação generalizada. Conforme a pesquisa, o risco é 22% maior a cada porção de carne ingerida a cada dia.
Uma alimentação vegana repleta de vegetais e sem esses produtos de origem animal é a chave para uma saúde incrível.
Combate o sofrimento e a matança de animais
Outro grande benefício que não diz respeito a nós, mas é de extrema importância, é o sofrimento e a exploração animal. O sofrimento animal tende a diminuir ao passo que paramos de consumir carne, leite, ovos, mel e passamos a nos preocupar com a exploração dos animais e defendê-los, em muitos casos, de maneira ativa.
Cerca de 74 bilhões de animais terrestres são mortos a cada ano e trilhões de animais marinhos são exterminados para virarem comida para humanos. É preciso repensarmos a nossa forma de lidar com os animais.
Temos a consciência de que os animais não são recursos e não estão aqui para servir, e ter essa noção é muito positivo e um passo gigante rumo a uma sociedade mais justa.
Agir de maneira ética e defender outros seres é uma forma de se enxergar no mundo de maneira mais coletiva e não autocentrada (tanto enquanto humanidade como indivíduo mesmo).
Benéfico ao meio ambiente
A pecuária é a principal responsável pelo desmatamento da Amazônia, respondendo por 75% de todo desmatamento. A criação de gado, com práticas comuns: pastagem, áreas de cultivo de grãos para ração (monocultura/ração) e tudo que envolve a produção de carne é completamente insustentável e degradante.
A pastagem é considerada a forma mais prejudicial de utilização do solo. A pastagem além de ser responsável por desmatar uma área antes florestada, danifica o solo, pois um solo pisoteado pelos ruminantes dificulta a infiltração, favorecendo processos erosivos e impedindo o crescimento de vegetação, ou seja, um desastre completo.
Além disso, a produção de grãos para a alimentação animal é uma das principais responsáveis pela desertificação de biomas como o Cerrado, por exemplo. A plantação de grãos destinados à ração de ruminantes tem promovido grandes desmatamentos em todos os biomas, mas essencialmente no Centro-Oeste brasileiro (Cerrado). De acordo com a WWF, mais de 79% de toda soja plantada no mundo é destinada à pecuária.
A pecuária com seu impacto ambiental provoca grande perda de biodiversidade, alteração da fauna e flora, desertificação, alteração no ciclo hidrológico (prejudicando a evapotranspiração), aumento de doenças zoonóticas, entre uma série de outros problemas.
Se tornar vegano é fortalecer uma causa justa, ética e coerente.
Pega a visão:
A produção de carne é completamente insustentável, portanto, abolir esse consumo é fundamental para a preservação ambiental, para a saúde humana e pela misericórdia com os animais.
Precisamos olhar a natureza e todas as espécies que dividem esse planeta com a gente em sua plenitude e importância, e não como mero recursos.
Fontes:
Poore & Nemecek, 2018. Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia). Academia de Nutrição e Dietética dos EUA (AND).
Estudo sobre a reação do nosso organismo à ingestão de carne. Dietary Meat, Trimethylamine N-Oxide-Related Metabolites, and Incident Cardiovascular Disease Among Older Adults: The Cardiovascular Health Study