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Você sabia que algumas maçãs do amor são tingidas com insetos?

Pois é. Realmente é algo bastante estranho, mas muito comum. Esse corante é largamente utilizado e comercializado.

22 jun 2023 - 05h00
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Foto: Pinterest/Vegano Periférico

Antes de falar do corante vermelho de origem animal (inseto) utilizado na coloração desse doce, vamos contar a história da maçã do amor, que talvez você não saiba. A maçã do amor foi inventada em São Paulo, porém não por brasileiros.

O ano era 1954, desembarcava no brasil a família espanhola Farre, cinco anos depois a  família passando por questões financeiras e especialistas em produção de doces na Espanha, desenvolveu um doce que em pouco tempo se tornaria muito popular, a maçã do amor.

Foto: CanvaPro

A inspiração veio das frutas caramelizadas chinesas, conhecidas como ‘tanghulu’, feitas com abacaxi e uvas, aqui em solo brasilero como há muitas maçãs, essa foi utilizada para a produção do doce de fruta. 

A maçã do amor era tida como presente romântico na época, os chamados galanteadores na época, presentearam as moças em um ato de romantismo. O nome da maçã surgiu de maneira espontânea, já era tarde e o pai dos irmãos criadores da maçã disse assim: ‘’Põe logo ‘maçã do amor’ e vamos dormir.’’ E assim criou-se esse doce maravilhoso.

A maçã do amor é feita principalmente com a utilização de açúcar derretido (caramelizado). Mas para que ela fique com uma característica mais avermelhada, com uma cor diferenciada, de doce mesmo, se utiliza corante vermelho, que pode ou não ser de origem animal. Mas o corante vermelho mais comum, utilizado em diversos preparos e inclusive em algumas maçãs dos amor é a base de cochonilha.

Foto: CanvaPro

Conforme a definição do Wikipedia, ‘’Cochonilha é um pequeno hemíptero do grupo das cochonilhas, originário do México, com um tamanho entre 3 a 5 milímetros de comprimento corporal e coloração acastanhada ou amarelada, que se alimenta parasitando a seiva de cactos.’’ O corante vermelho mais utilizado no Brasil é de origem deste pequeno inseto.

A cor vermelha que dá origem ao corante vem do ácido carmínico. Esse ácido é produzido pela cochonilha como dissuasor contra seus predadores, ou seja, é um ácido utilizado para se defender de predadores na natureza, mas não escapa das garras do ser humano, que os trituram e amassam em máquinas para produzir pequenas quantidades de corante, no intuito de colorir alimentos, como recheio de bolacha de morango, açaí, danoninho, iorgutes, sorvetes, e a própria maçã do amor. Estima-se que é preciso cerca de 70.000 insetos para produzir apenas 450 gramas do corante.

Foto: Pinterest/Vegano Periférico

A boa notícia é que é possível utilizar corantes de origem vegetal, que não seja de cochonilha. É importante ficar atento ao comprar e observar esses nomes: Corante natural vermelho 40

– INS 120, corante E120, carmim, ácido carmínico, corante natural vermelho 3 ou 4, e em cosméticos pode aparecer como CI 75470, entre outros.

Vegano Periférico Leonardo e Eduardo dos Santos são irmãos gêmeos, nascidos e criados na periferia de Campinas, interior de São Paulo. São midiativistas da Vegano Periférico, um movimento e coletivo que começou como uma conta do Instagram em outubro de 2017. Atuam pelos direitos humanos e direitos animais por meio da luta inclusiva e acessível, e nos seus canais de comunicação abordam temas como autonomia alimentar, reforma agrária, justiça social e meio ambiente.
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