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5 artistas LGBTQIAP+ que movimentam a cultura hip hop

Crescem, em quantidade e qualidade, nomes que levam representatividade para o cenário da música rap

2 set 2023 - 05h00
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A cultura hip hop completou 50 anos em 2023. Em um contexto ainda dominado por homens, artistas de rap da comunidade LGBQTQIAP+ estão ganhando a cena e levando representatividade para o gênero musical. Conheça cinco: 

Iza Sabino

Maria Izabel, conhecida como Iza Sabino, iniciou a carreira em 2014. Lançou seu primeiro álbum, Glória, seis anos depois. É cantora, compositora, produtora musical e beatmaker. Nas músicas, fala do amor entre mulheres, protagonismo feminismo, racismo e machismo na cena hip hop.

Iza Sabino, de Minas Gerais: letras sobre amor entre mulheres, protagonismo feminismo, racismo e machismo no hip hop
Iza Sabino, de Minas Gerais: letras sobre amor entre mulheres, protagonismo feminismo, racismo e machismo no hip hop
Foto: Léo Casa/Rapbox

Nascida na cidade de Santa Luzia, em Minas Gerais, a cantora se apaixonou pelo rap nacional quando, na infância, seu pai lhe apresentou o gênero musical. O álbum Best Duo, de Iza Sabino e o rapper FCB, também mineiro, alcançou mais de 4 milhões de reproduções no Spotify, e teve participação de grandes nomes, como Djonga.

Jup do Bairro

Jup Lourenço Mata Pires, cujo nome artístico é Jup do Bairro, se identifica enquanto travesti e é cria de Valo Velho, no Capão Redondo, periferia de São Paulo. A rapper passou por palcos famosos, como o Festival Primavera Sound e Lollapalooza.

Jup do Bairro se identifica enquanto travesti e é cria de Valo Velho, no Capão Redondo, periferia de São Paulo
Jup do Bairro se identifica enquanto travesti e é cria de Valo Velho, no Capão Redondo, periferia de São Paulo
Foto: Valdinei Souza

Ex dupla musical com Linn da Quebrada, outra famosa rapper, Jup do Bairro segue carreira solo. Em 2020, ganhou o prêmio Prêmio Multishow de Música Brasileira na categoria de artista revelação.

Linn da Quebrada

Lina Pereira, a Linn da Quebrada, grande rapper brasileira, passou pelo programa Big Brother Brasil, da TV Globo, em 2022. Nascida na periferia da zona Leste de São Paulo, capital, viveu sua infância e adolescência no interior do estado.

Linn da Quebrada repercutiu nacionalmente por ter sido a segunda pessoa trans a participar do BBB
Linn da Quebrada repercutiu nacionalmente por ter sido a segunda pessoa trans a participar do BBB
Foto: Gay Blog

Seu primeiro trabalho autoral é Enviadescer, lançado em 2016 no Youtube, no qual discute o protagonismo das bichas afeminadas e a não normatividade de gênero. A música despontou rapidamente e, desde então, ela é um importante nome do rap nacional.

Bixart

Bianca Manicongo, nome artístico Bixart, é uma multiartista não binária. Nascida no interior de São Paulo, mas crescida na Paraíba, na cidade de Santa Rita, atua na poetisa, escreve livros, é atriz e rapper.

Bixart em cena do clipe Black Bitch Travesti. Multiartista não binária é poeta, atriz e rapper
Bixart em cena do clipe Black Bitch Travesti. Multiartista não binária é poeta, atriz e rapper
Foto: Luigi Apolinario

Como poeta, coleciona títulos: bicampeã do slam do estado da Paraíba, além de outras batalhas, como o Slam Resistências, de São Paulo. Ganhou prêmios como o Festival de Música da Paraíba e chegou a ser indicada na categoria revelação ao prêmio Women’s Music Event (WME). Também foi finalista do nacional e ganhadora da Festa Literária das Periferias (FLUP), no Rio de Janeiro.

Jup77er

Jupitter Pimentel, o Jupi77er, é um artista transmasculinos nascido e criado na zona Norte de São Paulo, capital. Em suas letras, debate gênero e a luta contra a gordofobia. Jup77er é produtor cultural, fazendo parte de projetos como a Liga Feminina de MCs, voltada para mulheres e pessoas trans.

Jupi77er iniciou a carreira musical aos 12 anos, gravando as próprias letras sozinho, dentro de casa. Na adolescência, encontrou as batalhas de freestyle no metrô Santa Cruz, em São Paulo, junto grupo de rap Rimologia. Após lançamentos de trabalhos solos e com o grupo, Jup77er inicia, em 2016, um trabalho importante para a sua carreira e representatividade das pessoas gordas, o Rap Plus Size, junto com a artista Sara Donato.

Jupi77er, artista transmasculinos da zona Norte de São Paulo, capital. Em suas letras, debate gênero e luta contra a gordofobia
Jupi77er, artista transmasculinos da zona Norte de São Paulo, capital. Em suas letras, debate gênero e luta contra a gordofobia
Foto: @taticampi

Artista de sucesso, atuou em comerciais de grandes marcas. Em 2022, participou da campanha Mais uma Voz, escolhido por Pabllo Vittar para uma apresentação na parada LGBTQIA+ de São Paulo.

ANF
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