5 artistas LGBTQIAP+ que movimentam a cultura hip hop
Crescem, em quantidade e qualidade, nomes que levam representatividade para o cenário da música rap
A cultura hip hop completou 50 anos em 2023. Em um contexto ainda dominado por homens, artistas de rap da comunidade LGBQTQIAP+ estão ganhando a cena e levando representatividade para o gênero musical. Conheça cinco:
Iza Sabino
Maria Izabel, conhecida como Iza Sabino, iniciou a carreira em 2014. Lançou seu primeiro álbum, Glória, seis anos depois. É cantora, compositora, produtora musical e beatmaker. Nas músicas, fala do amor entre mulheres, protagonismo feminismo, racismo e machismo na cena hip hop.
Nascida na cidade de Santa Luzia, em Minas Gerais, a cantora se apaixonou pelo rap nacional quando, na infância, seu pai lhe apresentou o gênero musical. O álbum Best Duo, de Iza Sabino e o rapper FCB, também mineiro, alcançou mais de 4 milhões de reproduções no Spotify, e teve participação de grandes nomes, como Djonga.
Jup do Bairro
Jup Lourenço Mata Pires, cujo nome artístico é Jup do Bairro, se identifica enquanto travesti e é cria de Valo Velho, no Capão Redondo, periferia de São Paulo. A rapper passou por palcos famosos, como o Festival Primavera Sound e Lollapalooza.
Ex dupla musical com Linn da Quebrada, outra famosa rapper, Jup do Bairro segue carreira solo. Em 2020, ganhou o prêmio Prêmio Multishow de Música Brasileira na categoria de artista revelação.
Linn da Quebrada
Lina Pereira, a Linn da Quebrada, grande rapper brasileira, passou pelo programa Big Brother Brasil, da TV Globo, em 2022. Nascida na periferia da zona Leste de São Paulo, capital, viveu sua infância e adolescência no interior do estado.
Seu primeiro trabalho autoral é Enviadescer, lançado em 2016 no Youtube, no qual discute o protagonismo das bichas afeminadas e a não normatividade de gênero. A música despontou rapidamente e, desde então, ela é um importante nome do rap nacional.
Bixart
Bianca Manicongo, nome artístico Bixart, é uma multiartista não binária. Nascida no interior de São Paulo, mas crescida na Paraíba, na cidade de Santa Rita, atua na poetisa, escreve livros, é atriz e rapper.
Como poeta, coleciona títulos: bicampeã do slam do estado da Paraíba, além de outras batalhas, como o Slam Resistências, de São Paulo. Ganhou prêmios como o Festival de Música da Paraíba e chegou a ser indicada na categoria revelação ao prêmio Women’s Music Event (WME). Também foi finalista do nacional e ganhadora da Festa Literária das Periferias (FLUP), no Rio de Janeiro.
Jup77er
Jupitter Pimentel, o Jupi77er, é um artista transmasculinos nascido e criado na zona Norte de São Paulo, capital. Em suas letras, debate gênero e a luta contra a gordofobia. Jup77er é produtor cultural, fazendo parte de projetos como a Liga Feminina de MCs, voltada para mulheres e pessoas trans.
Jupi77er iniciou a carreira musical aos 12 anos, gravando as próprias letras sozinho, dentro de casa. Na adolescência, encontrou as batalhas de freestyle no metrô Santa Cruz, em São Paulo, junto grupo de rap Rimologia. Após lançamentos de trabalhos solos e com o grupo, Jup77er inicia, em 2016, um trabalho importante para a sua carreira e representatividade das pessoas gordas, o Rap Plus Size, junto com a artista Sara Donato.
Artista de sucesso, atuou em comerciais de grandes marcas. Em 2022, participou da campanha Mais uma Voz, escolhido por Pabllo Vittar para uma apresentação na parada LGBTQIA+ de São Paulo.