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“Dá pra conciliar fé com o funk”, diz pioneira da ostentação, que volta aos palcos

Mc Byana estourou com hits como Luxúria, largou a carreira no auge, virou evangélica, e retoma a carreira após dez anos

23 fev 2025 - 11h08
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Resumo
Numa época em que funkeiras como Anitta e Ludmilla batalhavam para se estabelecer, Mc Byana estourava com os primeiros sucessos do funk ostentação. Problemas pessoais a levaram a abandonar a carreira e se refugiar na fé. Uma década depois, ela volta com força total, como explica em entrevista exclusiva.
“Para mim é uma honra ter conseguido ser uma das pioneiras da ostentação”, diz Mc Byana, 34 anos.
“Para mim é uma honra ter conseguido ser uma das pioneiras da ostentação”, diz Mc Byana, 34 anos.
Foto: Divulgação

Quem conhece funk, sabe quem é Mc Byana; quem não conhece, terá a oportunidade de conhecer. Aos 34 anos, ela retoma a carreira de funkeira após dez anos afastada dos palcos, período em que se dedicou à família e à fé.

Na época em que Anitta e Ludmilla (ainda como Mc Beyonce), não tinham alcançado fama e fortuna, Mc Byana estourava com sucessos como Soca Nele, Vem Putaria e, sobretudo, Luxúria, de 2012.

Realizou sonhos com o funk, sobretudo o de construir uma casa para a mãe na comunidade onde moravam, Furquim Mendes, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense. Seu maior sucesso, Luxúria, foi composta em São Paulo, quando o funk ostentação começava a estourar.

“Comecei a perguntar sobre carro, sobre moto. Peguei papel, caneta e comecei a escrever a música luxúria com base no que os paulistas gostavam. Estavam falando sobre ostentação, na época”, lembra.

Tão rápido quanto estourou, parou. Um combo de problemas pesados demais a fez parar, como explica na entrevista a seguir. Refugiou-se na fé, enquanto o funk ostentação se estabeleceu.

Mc Byana no visual do auge da carreira, que aconteceu entre 2009 e 2013, nos primórdios do funk ostentação.
Mc Byana no visual do auge da carreira, que aconteceu entre 2009 e 2013, nos primórdios do funk ostentação.
Foto: Divulgação

Mc Byana se arrependeu “cinquenta por cento”. Mas nada na vida é simples, nem exato. Ela explica os motivos para ter parado e, principalmente, recomeçado após uma década.

Por que você abandonou a carreira no auge?

Por problemas pessoais, gravidez, minha irmã com tuberculose, mais a saudade da minha família. E eu não tinha amparo emocional. Quando eu descobri que minha irmã estava com meio pulmão, acabou comigo.

Você se arrepende da decisão?

A parte que eu não me arrependo de deixar o funk foi cuidar da minha família. Deu tempo de dar apoio para minha irmã até o final da vida dela, fiz o que eu pude.

Qual seria a parte que você se arrepende?

Se eu não tivesse parado, eu podia ter dado o melhor para minha família e meus filhos.

Mc Byana faz show de retorno na festa BATEKOO, em 15 de fevereiro de 2025, em São Paulo.
Mc Byana faz show de retorno na festa BATEKOO, em 15 de fevereiro de 2025, em São Paulo.
Foto: Divulgação

Como a igreja entrou nesse processo?

Quem me amparou foram pessoas da igreja, eu me senti acolhida. Não tinha ninguém para falar para eu procurar um psicólogo, eu estava entrando em depressão.

Como foram esses dez anos na igreja?

Foi um tempo de curar minhas feridas, de refletir que a família precisa da gente. Nem tudo é fama, nem tudo é dinheiro. Aprendi muita coisa, tenho um olhar diferente para o mundo.

Você cantou gospel, mas o que sentia quando ouvia seus funks?

Toda vez que eu ouvia minha música, eu me arrepiava. Lembrava de quando eu cantava, vinha uma nostalgia, eu não conseguia me segurar, pedia até perdão a Deus. Eu ficava arrepiada, mas eu mesmo tempo eu recuava, pela minha fé, que eu tenho até hoje.

Você se decepcionou com a igreja?

Tive muitas decepções, mas não com a minha religião. Para mim é possível, sim, conciliar fé com o funk. O que não é possível conciliar com o funk é estar dentro de um templo evangélico, seguindo as normas daquele templo.

Show de retorno de Mc Byana. Ela não quer gravar trap e pretende misturar o funk a outros ritmos.
Show de retorno de Mc Byana. Ela não quer gravar trap e pretende misturar o funk a outros ritmos.
Foto: Divulgação

Foi por isso que retornou ao funk?

Eu me decepcionei com algumas pessoas da igreja sim, porém não foi isso que me fez sair do meio evangélico e retornar para o funk: foi a minha raiz, eu tenho raiz de músicos, meu pai era compositor, meu avô era maestro, minha mãe era instrumentista.

Qual sua relação com a religião hoje em dia, ainda paga dízimo?

Não tem problema praticar minha fé, dou meu dízimo, tem muita gente que não concorda, mas eu tenho essa crença, que quando você dá o dízimo, Deus abre a porta, Deus abençoa mais ainda. Até hoje continuo dando meu dízimo.

Como planeja sua carreira nesta volta?

Quero conquistar a nova geração, porque a geração passada ainda está comigo. Mais pra frente eu pretendo mudar um pouquinho o meu ritmo, ir para o pop, mas não pretendo de maneira nenhuma cantar trap. Eu quero continuar minha essência, que é o funk, fazendo um pouquinho de cada coisa.

Fonte: Visão do Corre
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