Museu do Samba, no Rio de Janeiro, ganha Prêmio Melhores ONGs
Localizado na Mangueira, instituição tem maior acervo de samba do Brasil e programa antirracista em escolas públicas
O Museu do Samba existe há 23 anos e cumpre o papel de guardião, lutando pela preservação da memória dos sambistas, da história do samba e pela inclusão das novas gerações. A premiação acontecerá em novembro, em Osasco (SP).
O Museu do Samba, localizado no mais poético e tradicional reduto do samba carioca, o bairro da Mangueira, no Rio de Janeiro, ganhou o Prêmio Melhores ONGs 2024. A premiação é institutos Doar - Certificadora Social e O Mundo que Queremos.
Considerado “farol de referência” no terceiro setor brasileiro, o Prêmio Melhores ONGs existe desde 2017. Avalia centenas de projetos e divulga, anualmente, as ONGs de todo o Brasil que mais se destacam – existem cerca de 800 mil organizações não-governamentais no país.
Os critérios de premiação são gestão, governança, sustentabilidade financeira e transparência. Foram escolhidas ONGs com atuação em segmentos de saúde, medicina, cultura, educação, inclusão social e meio ambiente, entre outros.
A cerimônia de entrega do prêmio acontecerá em 22 de novembro em Osasco, Região Metropolitana de São Paulo.
Não conhece o Museu do Samba?
Localizado aos pés do Morro da Mangueira, o Museu do Samba possui o maior acervo especializado no gênero, com mais de 45 mil itens.
Mantém centro de pesquisa e documentação e uma coleção com mais de 170 registros audiovisuais de grandes nomes do samba e do carnaval.
O Museu do Samba foi declarado Patrimônio Histórico e Cultural Imaterial do Estado do Rio de Janeiro em maio de 2024.
Fundado em 2001 pelos netos do compositor Cartola e sua esposa e baluarte da Mangueira, Dona Zica, o museu nasceu com o nome de Centro Cultural Cartola.
Educação antirracista
Samba Nego Miudinho é o projeto de educação antirracista que o Museu do Samba estreou em 2024. Consiste em uma exposição itinerante que está percorrendo escolas públicas da rede municipal de ensino da cidade do Rio de Janeiro.
A mostra leva às escolas a história social do samba, com destaque para a trajetória de grandes sambistas e suas obras, além das origens africanas do gênero.
O legado é apresentado através de pinturas, objetos, fantasias e adereços que fazem parte do acervo do Museu do Samba.
Atualmente, mantém em cartaz cinco exposições fixas e prepara, para novembro, a estreia de uma nova mostra, intitulada Patrimônios Negros.