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Favela Summit busca aproximar a favela do ecossistema de inovação

Evento visa colocar as favelas brasileiras no radar das startups, conectando moradores a empresas de destaque

11 out 2022 - 17h40
(atualizado em 13/10/2022 às 08h11)
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A primeira edição do Favela Summit já tem data marcada para o dia 5 de novembro, no Rio de Janeiro. A iniciativa visa colocar as favelas brasileiras no radar das startups e integrar as comunidades ao ecossistema de inovação, conectando moradores a empresas de destaque.

Favela
Favela
Foto: David Vives/Pexels / Startups

"Não queremos fazer apenas um evento que simplesmente reúna palestrantes e faça painéis, com pouco impacto. A ideia é gerar valor em todas as pontas para, assim, gerar escalabilidade", afirma Pedro Berto, cofundador do Favela Summit. Pedro é intraempreendedor na fintech SaltPay e ao longo da sua trajetória trabalhou na Redpoint eventures, e faz parte da Volpe Capital, fundo criado pelo ex-SoftBank André Maciel, no ano passado.

Segundo Pedro, o objetivo era fazer o evento em uma favela da capital carioca. No entanto, esse plano deve ser colocado em prática a partir do ano que vem. Este ano, o fórum será realizado no Centro Cultural da Fundação Getulio Vargas (FGV). "O preço para fazer a primeira edição na favela era muito alto. No auditório da FGV não temos que levar as poltronas, projetor, ambulância, entre outras estruturas", explica Pedro.

A expectativa é receber presencialmente entre 200 e 250 pessoas, com foco nos jovens das favelas. Startups com foco em educação e empregabilidade serão convidadas a participar, assim como empresas tradicionais e lideranças do ecossistema. O Favela Summit tem patrocínio oficial da Amazon Web Services (AWS), e conta com os parceiros Fundação 1Bi, a ONG Campinho Digital e o escritório de advocacia Machado Meyer.

Pedro Berto, cofundador do Favela Summit
Pedro Berto, cofundador do Favela Summit
Foto: Divulgação / Startups

Gerando impacto

Antes mesmo do Favela Summit, Pedro e a cofundadora Lorena Machado estruturaram projetos com instituições selecionadas a dedo para gerar transformações no ecossistema. A Campinho Digital, por exemplo, criou uma turma de programação e tecnologia focado em jovens de favelas.  

"Ao invés dos alunos começarem aprendendo Python, que é uma linguagem simples mas em inglês, eles começam aprendendo Portugol, que é toda em português. Em uma segunda etapa, o professor passa os conhecimentos já adquiridos para o inglês. É um curso diferente do que vemos no mercado e tem funcionado muito bem", explica Pedro. 

Com a AWS, a proposta é selecionar 30 jovens para fazer a formação gratuita de computação em nuvem oferecida pela companhia. Ao fim da capacitação, os alunos serão encaminhados para o processo seletivo das empresas clientes da Amazon, gerando oportunidades de empregabilidade. "Todo mundo ganha nessa história. O jovem que precisa de qualificação e emprego, a Amazon que quer difundir sua tecnologia entre os clientes, e as grandes empresas que buscam talentos qualificados", pontua.

No evento, serão realizados 3 painéis sobre os desafios e oportunidades nas favelas; educação; e empregabilidade. "É bastante focado na utilização de tecnologia como ferramenta para quebrar ciclos de pobreza. No próximo evento podemos abrir para mais segmentos de startups, como finanças", diz Pedro.

Além das discussões, o fundador espera que o evento também seja um fórum para que empresas firmem compromissos com as favelas brasileiras. "As pessoas precisam se comprometer. Se não, não avançamos. Apenas discutir não resolve o problema. É preciso colocar a mão na massa", argumenta.

O Favela Summit 2022 já está com inscrições abertas.

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