Aos 16, sergipano larga estágio em banco para disputar o Favelão

As decisões mais difíceis da vida, geralmente, são aquelas que exigem sacrifícios, mas e quando a atitude de renunciar ao emprego para jogar futebol pela seleção estadual se torna uma condição, será que o esforço vale a pena?  Para o sergipano Luiz Gustavo Santos Borges, 16, de Aracajú, que tem o sonho de viver do futebol, é preciso fazer escolhas na vida e abrir mão de um estágio no Banco do Brasil para jogar o Favelão foi a dele.

Lateral direito por ofício, mas esquerdo por opção dos treinadores, Gustavo – como é chamado pelos companheiros de time – não pensou duas vezes em aceitar a convocação para jogar o campeonato brasileiro entre as favelas, o Favelão. O lateral se destacou na edição deste ano da Taça das Favelas de Sergipe quando atuou pelo bom time do Coqueiral. Os garotos foram campeões de maneira invicta e Luiz Gustavo ainda pôde comemorar outro grande feito com os companheiros de zaga: a melhor defesa com apenas um gol sofrido em todo o campeonato.

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“Tem uma frase que eu carrego comigo até hoje e diz que o sentido da vida é o sonho, e se você não tem um sonho quer dizer que a vida não tem sentido. O meu sonho é me tornar um atleta profissional e estar aqui é um meio de chegar cada vez mais perto disso, mesmo que para realizar precise abandonar o trabalho”, disse o lateral.

Segundo o garoto, a decisão de rescindir o contrato junto à estatal foi apoiada pelos pais que também querem ver o filho brilhar e despontar como um grande lateral brasileiro. De acordo com o garoto, para quem já abandonou o esporte depois de se decepcionar com inúmeros testes realizados e nenhuma proposta, interromper a carreira no banco foi um investimento no caminho que deseja seguir com o futebol.

“Quem tem um sonho precisa fazer sacrifícios e um deles é não desistir de tentar. Estou aqui em São Paulo para tentar mais uma vez e garanto que não vou parar por aqui”, finalizou.