Existe. Segundo Vinícius Costa Ribeiro Pereira, biólogo e agente de conservação e pesquisa do Zoológico de Brasília, a técnica utilizada pelos povos antigos era semelhante, mas não igual à de hoje. “No Egito, quando os faraós morriam, eles tinham que ser preservados com os animais e com os criados, pois a crença dizia que eles podiam voltar nesses corpos”, explica. Assim que foi criada a mumificação, não só de humanos, mas também de animais.
Para o museólogo Emerson Boaventura, a taxidermia de fato é relatada nos arquivos históricos datados há uns 200 anos mais ou menos. O que antecedia essa técnica eram mumificações de animais que os reis e monarcas colecionavam em seus castelos. “Esses reis tinham dentro de seu reino um espaço denominado ‘sala de curiosidade’, onde ficavam tudo que se referia à fauna e flora. Os animais nesses acervos eram salgados e colocados para desidratar no sol”, explica. Por essa razão, a mumificação e os demais processos utilizados para conservação de corpos não são considerados taxidermia, a menos que sejam o preenchimento da pele.
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