De acordo com a coordenadora do Centro de Microgravidade da PUCRS, Thais Russomano, os banheiros espaciais são adaptados para sugar a urina e as fezes dos astronautas. Quando se trata da urina, há um acoplador para as genitálias femininas e masculinas.
"No caso do homem, ele utiliza uma estrutura em forma de cone que é ligada a um tubo, conectado a um sugador. A urina expelida pelo astronauta é então sugada para um recipiente. Para mulher, o sistema é o mesmo, somente mudando a forma do acoplador que, neste caso, é retangular para garantir um melhor contato. A urina pode depois ser eliminada no espaço ou reciclada para se tornar água potável para uso na missão", diz a professora.
"Quanto às fezes, o processo é parecido com o da urina. O astronauta, homem ou mulher, deve sentar no vaso colocando sobre as coxas barras de estabilização, as quais estão ligadas as laterais do vaso sanitário. No momento da evacuação, como no caso da urina, é ligada a sucção que 'puxa' as fezes para o interior do vaso. Elas depois são eliminadas no espaço", comenta Thais.
Esses dejetos podem, durante determinados estudos relativos à fisiologia humana no espaço, ser trazidos à Terra para que sejam analisados.