O embargo econômico decretado há quase 40 anos pelos Estados Unidos já custou a Cuba vários milhões de dólares. Em 1998, alguns cálculos apontavam perdas de até US$ 60 bilhões. Na mesma época, o papa João Paulo II disse em uma missa em Cuba que os embargos econômicos são condenáveis por prejudicar os mais necessitados.
Na prática, Cuba perdeu dinheiro em exportações de bens e serviços, principalmente no mercado de açúcar e do turismo, as duas maiores divisas da ilha. Para fugir da falta de compradores, Cuba teve que negociar a venda de produtos com a Ásia e com os países do leste europeu.
Em março de 1996, o Congresso dos EUA apertou o cerco comercial em torno de Fidel Castro, com a promulgação da lei Helms-Burton. A medida sancionou as empresas que comercializavam com os cubanos e, assim, internacionalizou o embargo.
Desde o início dos anos 90, a Organização das Nações Unidas (ONU) tem criticado o embargo norte-americano. Cuba ainda tenta romper o isolamento, e Fidel deixou de ser um excomungado do Vaticano. Em 1996, o líder apertou a mão do Papa e fez ruir mais um mito do século 20. A Igreja finalmente fez as pazes com os comunistas.
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