Em 1961, o Brasil vivia dias conturbados. O governo Jânio Quadros, com sua política que alternava ações de aproximação com os Estados Unidos e com o bloco soviético, deixando confusos adversários e aliados, deixava o país na corda bamba.
O vice, João Goulart, considerado herdeiro de Getúlio Vargas, era conhecido como uma liderança política próxima das massas e do movimento sindical. Em um cenário internacional marcado pela Guerra Fria, Jango era constantemente acusado de subversivo e de querer instaurar no Brasil uma “república sindicalista” que seguisse os moldes soviéticos.
As eleições de 1960, que resultaram na composição de um governo antagônico - Jânio presidente e Jango vice - também foram marcadas pela troca de acusações de que seria deflagrado um golpe.
A renúncia de Jânio acabou relacionada não à oposição, mas aos próprios setores conservadores. Em um contexto como este, não era difícil imaginar que Jango enfrentaria dificuldades. A reação, a chamada campanha da Legalidade, no entanto, acabou por “pegar” seus adversários de surpresa.
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