Condenado em 1993 por violações dos direitos humanos durante seu governo ditatorial no início da década de 80, o militar boliviano Luis García Meza Tejada foi preso um ano depois no Brasil, onde vivia com uma identidade falsa. Sua extradição foi aprovada pelo Supremo Tribunal Federal em 19 de outubro de 1994 e ele foi levado a uma penitenciária de segurança máxima boliviana para cumprir a pena de 30 anos.
García Meza comandou a Bolívia de 1980 a 1981, após derrubar sua prima, a presidente interina Lidia Gueiler. Ela havia sido conduzida ao cargo pelo Congresso depois da revolta popular causada pelo golpe de Estado do general Alberto Natusch Busch. No curto período no poder, García Meza foi acusado de diversos atos de corrupção - entre elas a venda dos diários de Che Guevara que haviam sido roubados -, assassinatos e apoio ao narcotráfico. Ele renunciou após disputas internas entre os militares.