“Ouro, hein?” Seria essa a origem do nome da município, segundo diz a lenda: a pergunta foi feita em tom de frustração pelos descobridores da cidade, que dista 182 km de Belém. Se o ouro ali nunca foi achado, não quer dizer que os exploradores pararam de tentar enriquecer. Todos os anos na última semana de julho, a cidade recebe artistas de todo o Brasil para o Festival da Canção, uma maratona de três dias realizada na Concha Acústica, que costuma reunir cerca de 10 mil visitantes. Para dar conta deste batalhão, a cidade conta com seis pousadas, todas na orla. Porém, os adeptos do turismo religioso podem ir tranquilos: fora da época do festival, as outras duas festas anuais que movimentam o município são o Cirino de Nossa Senhora da Conceição, sempre no terceiro domingo de agosto, e as homenagens a São Benedito, oferecidas um dia antes do Natal. Se mesmo assim houver quem não busca agito, nem musical ou religioso, também não é problema. Fora dos períodos de festa, o maior barulho na cidade é feito basicamente pelos sons dos igarapés, ao menos 12, com água cristalina filtrada por jazidas de seixo. Não à toa, Ourém também é conhecida como “o paraíso dos igarapés” e “pérola do Rio Guamá”.