A contratação do argentino Boselli já é sucesso de público entre os corintianos. Desde que anunciou pelo Instagram que estava viajando para São Paulo para acertar com o Corinthians, o número de seguidores do centroavante praticamente dobrou: saiu de menos de 100 mil para mais de 180 mil. Números que ainda devem subir muito se Boselli confirmar tamanha expectativa.
O fracasso dos atacantes que chegaram depois da saída de Jô e o bom retrospecto do artilheiro argentino explicam essa paixão à primeira vista. Além disso, os corintianos guardam na memória os sucessos de Herrera e, principalmente, de Tevez para acreditar que um argentino sempre cai bem no Timão, tirando é claro o mico chamado Defederico.
A generosidade da torcida corintiana é antiga. Na época em que não havia mídias sociais, a Fiel se uniu para protestar contra a ditadura e votou para deputado estadual em um tal de Biro Biro, que havia acabado de ser contratado, em 78. Ele recebeu incríveis 60 mil votos.
O pernambucano, que na apresentação foi chamado de Lero Lero pelo folclórico Vicente Matheus, virou um dos maiores ídolos da história do Timão. Dez anos depois, ele foi eleito de verdade e virou vereador por São Paulo.
Matheus, aliás, tentou salvar a temporada corintiana em 81 e prometeu trazer quatro reforços de peso. Os anúncios de César, Baianinho, Washington e Joãozinho causaram espanto, porque eram praticamente desconhecidos.
César ainda conseguiu se firmar como goleiro titular do Corinthians até falhar na semifinal do Brasileiro de 82 contra o Grêmio. Depois, não teve mais chances. O ponta esquerda Joãozinho fez bons jogos, mas pediu para voltar para Recife, porque a filha não se adaptou ao clima de São Paulo.
Washington só ganhou fama quando se transferiu para o Athlético Paranaense. Lá encontrou Assis e surgiu o Casal 20 que ainda fez mais sucesso no Fluminense.
E o Baianinho? Bom, esse não caiu no esquecimento do escriba, porque durante uma partida, o narrador Oswaldo Maciel se empolgou em um ataque do Corinthians : “Lá vai Baianinho, driblou um, driblou dois, driblou três, vai marcar um golaço (Silêncio). Não, santo! Ele driblou como Pelé e chutou como Baianinho.”
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