Carille esperou anos para ser recebido com festa pela Fiel

Como jogador, Fábio Luiz teve passagem relâmpago e apagada pelo Timão

16 dez 2018 - 11h25

O então zagueiro e lateral-esquerdo Fábio Luiz ainda não usava o sobrenome Carille, quando foi emprestado pelo XV de Jaú para tentar a sorte em um time grande, o Corinthians, em agosto de 1995. Desconhecido, o jovem de 21 anos chegou sem ser recepcionado pela famosa sirene do Parque São Jorge e também não teve torcida para recebê-lo no clube.

O sonho de vencer no Timão, que havia  faturado o Paulistão e a Copa do Brasil no primeiro semestre, durou apenas quatro meses. Na lateral esquerda, outro garoto, Silvinho, já havia caído nas graças da Fiel. Na zaga, Célio Silva e Henrique também não deram brecha para Fábio Luiz, que, cansado de esquentar o banco, arrumou as malas e seguiu em frente, percorrendo uma carreira discreta.

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Fábio Carille ficou no Al-Wehda por sete meses.
Fábio Carille ficou no Al-Wehda por sete meses.
Foto: Divulgação/ Futpress / Estadão Conteúdo

 Só que como diz a bela música “Clube da Esquina II”, sonhos não envelhecem. Vinte e três anos depois, quem poderia imaginar que o agora professor Carille fosse recepcionado como a grande contratação corintiana para a temporada de 2019. Do mesmo banco de reservas, ele vai voltar a comandar o Timão, após ser recebido com festa no aeroporto e saudações efusivas pelas redes sociais.

O técnico corintiano é mais um caso de ex-jogador que só encontrou a fama depois de abandonar a carreira. Que o diga um outro lateral-esquerdo chamado Vanderlei. Em sete anos de Flamengo, na década de 70, ele nunca foi titular. Primeiro, foi reserva de Rodrigues Neto. Depois, esquentou o banco de Júnior, que jogava como lateral-direito, mas foi transferido para a esquerda, porque o então técnico Claudio Coutinho não botava muita fé no tal Vanderlei.

Dizem que Vanderlei, aliás, era bom mesmo com um baralho na mão e por isso era considerado uma figura imprescindível na concentração. O tempo passou e Vanderlei virou Luxemburgo. O técnico, ao lado de Lula, que dirigiu o Santos de Pelé, é ainda hoje o maior vencedor da história do Campeonato Brasileiro com cinco títulos. 

Só que a trajetória de Luxa como treinador parece estar chegando ao fim. Sem dirigir nenhum clube em 2018, ele está de olho agora em um novo projeto: virar dono de uma emissora de televisão.

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