Dezembro de 1976. Depois de eliminar a Máquina Tricolor nos pênaltis, na famosa invasão corintiana no Maracanã, o Timão foi disputar a final contra o Internacional de Falcão, Carpegiani, Valdomiro e Dadá Maravilha.
Com apenas quatro meses de duração e 54 times, o Brasileirão era decidido em apenas uma partida. Era a época da ditadura do “onde a Arena (partido do governo) vai mal, mais um time no Nacional”. Por ter a melhor campanha, o Inter jogou em casa, no Beira Rio.
Apesar de ter um timaço, o Colorado sofreu para abrir o placar. Em uma cobrança de falta, a bola desviou na barreira e Dadá Maravilha fez de cabeça.
No segundo tempo, outro gol de falta. Valdomiro acertou o travessão só que a bola pingou dentro. O juiz José Roberto Wright não viu a bola entrar, mas o bandeirinha correu pro meio do campo. Apesar dos poucos replays disponíveis, deu pra ver claramente que foi gol.
Teve confusão, o Corinthians quase deixou o campo por falta de segurança, mas o título ficou mesmo com o Internacional. Para a Fiel, o jejum só acabaria no ano seguinte.
Quase 30 anos depois, em 2005, o Corinthians levaria a melhor em uma decisão antecipada do Brasileiro de pontos corridos com o empate de 1 x 1, com muita reclamação por um pênalti não marcado em Tinga.
Em 2009, antes da final pela Copa do Brasil, o time gaúcho fez um DVD com supostos erros de arbitragem que prejudicaram o Colorado em confrontos contra o Corinthians. O Timão de Ronaldo foi campeão e desde então os corintianos não perdem a chance de ironizar os rivais a cada vitória com a história do “põe no dvd”.
Quando essa rivalidade surgiu não existia ainda o DVD. E no domingão um novo capítulo será escrito com mais tecnologia e mais imagens. O que não mudou é que uma derrota pode deixar um dos dois times mais longe do sonho de ser campeão brasileiro.
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