Estádio do Corinthians é alvo novamente do governo Bolsonaro

Depois de Paulo Guedes dizer que o Corinthians era beneficiado por pênaltis, agora a Caixa Econômica Federal manda executar a dívida

12 set 2019 - 23h14

Em março, o super ministro Paulo Guedes soltou uma fake news dizendo de forma irônica que o Corinthians era beneficiado por pênaltis marcados no seu estádio. Se gostasse de futebol ou pedisse ajuda a um assessor teria descoberto que o time paulista há muito tempo não tinha penalidade marcada a seu favor.

Torcida do Corinthians em partida contra o Flamengo, válida pelas oitavas de final da Copa do Brasil 2019, na Arena Corinthians, na zona leste de São Paulo
Torcida do Corinthians em partida contra o Flamengo, válida pelas oitavas de final da Copa do Brasil 2019, na Arena Corinthians, na zona leste de São Paulo
Foto: Marcello Zambrana / Agif / Estadão Conteúdo

Ofendeu todos os corintianos, nunca se desculpou e no mesmo seminário disse que o clube não tinha condições de pagar pelo estádio. Coincidência ou não, seis meses depois a Caixa Econômica Federal manda executar a dívida de R$ 500 milhões, mesmo reconhecendo em nota depois que estava negociando com o clube.

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Em entrevista à Folha de São Paulo, o presidente do banco, Pedro Guimarães, que é amigo de Paulo Guedes e foi nomeado para o cargo por ele, nega que haja uma perseguição ao clube.

Pode até ser verdade, mas se o Timão não deixou de pagar as prestações e estava negociando, qual o motivo de tomar uma medida tão drástica? E aqui não está se julgando se o estádio deveria ter sido ou não construído e nem pedindo um tratamento especial ao Corinthians.

Mas é uma medida que causa muita, muita estranheza. Rende manchete fácil e volta a atingir de forma indireta a segunda maior torcida do país.

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