Na década de 80, Sócrates comandou o Corinthians no bicampeonato Paulista de 82/83. A vítima foi o São Paulo, que também tinha uma grande equipe, mas era impossível competir com o astral daquele time da Democracia Corinthiana.
Na decisão de 82, depois de sofrer o gol de empate e quase ver o Tricolor virar, Wladimir começou a bater palmas e a cantar a música de Gilberto Gil: “andar com fé eu vou que a fé não costuma a falhar” e logo foi seguido pelos outros jogadores. Serginho Chulapa, então no São Paulo, desabafou: “não tem como ganhar desse time.”
Em 83, Sócrates marcou nos dois jogos decisivos contra o rival. E lá no gol Leão tratou de fazer uma série de milagres para garantir o bi.
Mas se nos anos 80, o Tricolor foi freguês no Paulistão, a década seguinte foi de Raí, irmão mais novo de Sócrates. No primeiro jogo da decisão de 91 contra o Corinthians, ele fez os três gols na vitória de 3 x 0. Depois foi só segurar o 0 x 0 no segundo jogo.
Em 98, Raí voltou para o São Paulo depois de uma passagem vitoriosa pelo Paris Saint-Germain. O regulamento permitia que um atleta fosse inscrito no jogo decisivo. Azar do Corinthians.
O time havia vencido o primeiro jogo por 2 x 1. Só que a chegada de Raí mudou a história daquele Paulistão. Ele abriu o placar e o Tricolor venceu por 3 x 1.
Dois craques que começaram no Botafogo de Ribeirão Preto. Sócrates quase foi contratado pelo São Paulo, mas Vicente Matheus deu um chapéu nos dirigentes do rival. Raí chegou a ser procurado pelo Timão, mas dessa vez o Tricolor foi mais rápido e levou o irmão do Doutor.
Pra você quem foi melhor: Sócrates ou Raí ?
Eu fico com a genialidade do Doutor, mas reconheço que Raí foi mais atleta e ganhou mais títulos.