Já teve técnico campeão do mundo que chegou a cometer a heresia de dizer que gol era apenas um detalhe. Meu bom e velho Parreira, a sua frase infeliz foi seguida à risca por muitos treinadores nesse fim de semana.
Os blocos carnavalescos levaram multidões às ruas de São Paulo, mas quem queria se divertir um pouco com a bola rolando viu os times insistirem no zero a zero, e eles se contentariam até com um 1 x 1.
Sábado à noite, o Santos, melhor time paulista do momento, foi visitar o Palmeiras, que era pra ser o melhor. Promessa de um grande clássico que terminou sem gols e com vaias dos torcedores palmeirenses.
Tudo bem, São Paulo e Corinthians jogariam no domingo contra times do interior e a folia de gols estaria garantida. Mas antes que tal um aperitivo com o decantado futebol inglês? Uma rodada dupla de respeito.
Primeiro, o embalado Manchester United contra o novamente líder Liverpool. E adivinha só o que aconteceu? Nada. Outro zero a zero. Mas no jogo do Chelsea contra o City, na final da Liga Inglesa, um gol teria de sair. E nesse saiu mesmo, mas só nos pênaltis, depois de 120 minutos sem gols. Título do City por 4 x 3.
Hora de voltar pra folia do Paulistão. São Paulo desfilou no Morumbi para apenas 10 mil torcedores contra o Red Bull. A expulsão de Gonzalo Carneiro complicou as coisas para o Tricolor que deixou o campo vaiado, em mais um 0 x 0.
Em Ribeirão Preto, quem ficou com um a menos foi o Botafogo ainda no primeiro tempo. Carille mexeu, mexeu até que sacou Gustagol do banco de reservas aos 23 do segundo tempo. Catorze minutos depois, ele ajeitou de cabeça para Boselli enfim desencantar com a camisa corintiana e foi só.
Quem acompanhou os grandes paulistas e os clássicos ingleses demorou 472 minutos pra ver um mísero golzinho, isso sem contar os acréscimos. Se você pretende sair do 0 x 0, amigo torcedor, é melhor cair na folia do Carnaval.