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O bom, velho e ácido Woody Allen diverte em Desconstruindo Harry
Custou mas chegou. Certos filmes interessantes da produção norte-americana de 1997, entre eles Vidas em Jogo, Kundun, Por uma Noite Apenas, Tempestade de Gelo – ainda em cartaz esta semana –, mais os ingleses Nó na Garganta e Bem-vindo a Sarajevo, corriam o risco de serem vistos apenas em vídeo pelos cinemaníacos locais. Desconstruindo Harry era um dos títulos mais reclamados pelos admiradores de filmes que importam.
A realização de Allen entra hoje em cartaz. E os fãs do cinema psicanalisado de Allen já estão à espera de Celebrity, uma produção de 1998, rodada em preto-e-branco, em que Allen não participa como ator, colocando o inglês Kenneth Branagh como seu alter ego. Desconstruindo Harry é um típico filme de Woody Allen, pródigo em referências pessoais. Ele é um escritor famoso que passa por uma crise de criatividade, sendo perseguido por suas três ex-mulheres, todas atrás das pensões que ele lhes deve. Um prato cheio para os admiradores do tipo de divertido cinema confessional praticado por Allen, o filme conta como o escritor em busca de dinheiro não hesita em colocar em seu novo livro – assim como Allen em seus filmes – seus relacionamentos pessoais com os amigos, a família e as amantes. Também no rastro do escritor estão seus analistas. Realidade e ficção se misturam na trama que é enriquecida pelos diálogos espertos, gênero em que Allen mostra-se um mestre. O elenco de Desconstruindo Harry é encabeçado por Woody Allen, e, como vem ocorrendo nos últimos filmes do cineasta, inclui um punhado de gente famosa de Hollywood: Kirstie Alley, Billy Crystal, Richard Benjamin, Bob Balaban, Elizabeth Shue, Demi Moore, Judy Davis, Robin Williams, Eric Bogosian, Mariel Hemingway, Julie Kavner, Amy Irving, Tobey Maguire (Tempestade de Gelo), Stanley Tucci e o ator e diretor Gene Saks. (Agência Zero Hora)
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Título
Original: Deconstructing
Harry |
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