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Limongi Batista radicaliza em Bocage, o Triunfo do Amor Há cerca de um ano, Bocage, o Triunfo do Amor recebia o Kikito especial do júri, uma espécie de prêmio de consolação para o filme mais radical e provocativo do 25º Festival de Gramado. O realizador Djalma Limongi Batista não gostou e deixou bem claro seu descontentamento no palco do Palácio dos Festivais ao receber o Kikito.
O diretor abdica da narrativa linear para realizar uma abordagem poética da vida e da obra de Bocage, em três episódios: a história de uma cortesã que se apaixona pelo poeta, os problemas de duas amigas enganadas pelo mesmo homem e a morte de um amigo do poeta. Os diálogos inexistem, e o que sai da boca dos atores são trechos de poemas escritos por Bocage. A beleza dos cenários e dos figurinos, mais as privilegiadas locações no Brasil e em Portugal, completam o suntuoso visual do filme. Na sessão em que Bocage foi apresentado em Gramado muitos espectadores abandonaram o cinema. Alguns devem ter ficado chocados com a grande quantidade de nus masculinos e femininos. Esses nus funcionam mais como uma espécie de cenário vivo do que como elementos erotizantes. Limongi Batista trabalha com esmero a imagem e suas intenções, mas o filme, apesar de não ter uma metragem muito longa, acaba cansando o espectador pelo radicalismo de seu aspecto experimental. (Agência RBS)
Veja a opinião do colunista Carlos Gerbase sobre o filme
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