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Lolita de Kubrick é mais recatada
Quando o escritor russo Vladimir Nabokov lançou o livro Lolita em 1955, foi ameaçado de prisão por pornografia. A escandalosa relação entre um professor quarentão e uma menina de 12 anos abalou a sociedade da época, mas não impediu que Stanley Kubrick fizesse uma versão da obra para o cinema sete anos depois.
 Sue Lyon banca ninfeta fatal em Lolita |
O professor Humbert Humbert (James Mason) vê a garota pela primeira
vez tomando sol de maiô. Como num conto de fadas, Kubrick cria,
então, um caso de amor entre o príncipe Humbert, a princesa
Lolita, e a bruxa má, a mãe da menina, que está sempre
perto pra atrapalhar. No desespero da paixão, Humbert decide se
casar com a mãe da garota (Shelley Winters) para se aproximar da
filha.
Algumas cenas memoráveis de Lolita podem ser relembradas neste relançamento. Os três dentro do mesmo carro em um Drive-In, para assistir a um filme de terror e a lendária cena em que o professor pinta as unhas dos pés da menina são algumas das metáforas que Kubrick usa para enganar o moralismo do público.
Entrentanto, a atmosfera
perversa proposta por Nabokov no livro fica um tanto difusa, já
que a ninfeta Sue Lyon (com 16 anos na época), usa tanta maquiagem
(além de um cabelo louro digno da Barbie) que fica parecendo uma
jovem de 20 anos. Mais vale a interpretação da fogosa Dominique
Swain na versão de Adrian Lyne para Lolita.
(Ana Carolina Rocha)
