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Foto: © Walt Disney Pictures |
Filme brinca com a idéia de que as crianças
acreditam em monstros
Há muito tempo que as crianças de todo o mundo
sabem que, ao ir para a cama e apagar as luzes, os monstros
aparecem na escuridão da noite. Apesar disso, o que
as crianças ignoram é que estes monstros se
dedicam a amedrontá-las, não porque querem assustá-las,
mas porque isso faz parte de seu trabalho.
Estes monstros trabalham em uma fábrica que se dedica
a arrancar e guardar os gritos dos pequenos. A maior
fábrica do mundo é a Monsters, Inc. que se dedica
a conseguir todo tipo de gritos, em qualquer parte do planeta, no idioma que seja, durante as 24 horas do dia, para logo
transformá-los em energia para os automóveis
e para toda as cidades onde vivem os monstros.
A fábrica conta com o trabalho de centenas de monstros,
mas o grupo de elite é composto por dois monstros:
Sulley, um enorme monstro de cor azul com manchas roxas, e
seu assistente e melhor amigo, Mike Wazowski, um pequeno monstrinho
de um só olho e com temperamento irritável.
Uma vez que as crianças constituem um perigo mortal
para os monstros, é estritamente proibido que alguém
do mundo infantil entre no mundo dos montros. Os problemas
e diversão começam quando Sulley, num descuido,
deixa uma menina entrar em seu mundo, perdendo-se
dentro da fábrica. Os dois personagens principais,
Sulley e Mike (Goodman e Crystal), reeditam o humor
do Gordo e o Magro, mas em versão esperta e atualizada.
As outras criaturas, se não apresentam personalidade
forte, têm um design que deve fascinar as crianças.
Filme marca tecnologia
inovadora usada pela Disney
Monstros S.A. traz uma nova tecnologia desenvolvida
pela Pixar, muito mais avançada do que a usada em Toy
Story 2. Com mais definição, o filme oferece
novas texturas (o que possibilitou desenhar os pêlos
de uma maneira mais sofisticada) e movimentos
mais humanos (a roupa da menina que é a personagem
principal move-se independente do resto do corpo quando
ela está andando).
Para a sorte da Disney, o filme conta com um bom roteiro
e personagens que devem virar mania. Assim como Toy Story,
a trama parte de uma premissa que toda criança pode
se identificar: a de que monstros moram nos cantos escuros
de seus quartos e armários.
O estúdio está tão confiante de que os
monstros do filme vão fazer sucesso que os produtos
temáticos foram distribuídos antecipadamente. O mercado deve acompanhar
de perto os números para saber se a parceria da Disney
com a Pixar pode superar seus projetos anteriores (Toy
Story arrecadou US$ 192 milhões e Toy Story
2, US$ 245 milhões apenas nos Estados Unidos).
Mas, por enquanto, o grande vencedor é a Academia de
Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood,
que vai ter uma boa disputa para chamar atenção
na nova categoria do Oscar: a de Animação. Shrek, Final Fantasy e Monstros S.A. devem gerar uma disputa acirrada em 2002.
Redação Terra - EUA
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