O terror mora ao lado em O Suspeito da Rua Arlington
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A justificada paranóia americana com atos sanguinários atingindo cidadãos comuns percorre O Suspeito da Rua Arlington, suspense eletrizante de Mark Pellington. Em um país traumatizado por massacres escolares, atentados a bomba e outras tragédias premeditadas, a possibilidade de um vizinho ser um terrorista empedernido em Washington não é assim tão fantasiosa. Muito menos para o professor universitário Michael Faraday (Jeff Bridges, o brilhante vagabundo de O Grande Lebowski), viúvo que teve a mulher, agente do FBI (Laura Poe)assassinada estupidamente durante uma ação contra extremistas.
O inferno de medo e paranóia de Faraday, que mora com
o filho e namorada Brooke (Hope Davis) em uma rua pacata nos arredores do centro do poder americano, começa quando ele socorre o filho dos novos vizinhos, Brady Lang(Mason Gambleos). Atingido aparentemente por uma explosão de fogos de artifício, o garoto sofre ferimentos graves na mão e serve para unir os Faraday aos Lang, em uma convivência típica de vizinhos de subúrbio, regada a churrasco, cerveja e amenidades.
 Ninho da serpente: Jeff Bridges começa a desconfiar dos vizinhos |
Faraday começa a desconfiar do verniz inocente de Oliver (Tim Robbins)e Chreyl Lang (Joan Cusak)ao descobrir uma série de mentiras e comportamentos estranhos, indicando as relações perigosas dos vizinhos com milícias armadas. Assim como Faraday, o espectador adivinha a marca da maldade sob a fisionomia calma de Oliver, mas fica em dúvida: o que é real e o que é imaginação? As reviravoltas do roteiro e um final impactante não conseguem acalmar esses fantasmas.
Leia a opinião de Carlos Gerbase sobre o filme
