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Hitchcock reformado mostra que 'o crime não compensa'
Não existe crime perfeito, certo? Diga isso para o personagem interpretado por Michael Douglas no novo filme do diretor Andrew Davis, Um Crime Perfeito. Douglas – vive um milionário industrial de Nova York Steven Taylor. Ele é um homem que tem tudo, exceto o que ele mais deseja: o amor e a fidelidade de sua mulher, Emily (Gwyneth Paltrow). Tradutora poliglota e assessora da embaixatriz americana na ONU, Emily quer ser mais do que um acessório deslumbrante no mundo de seu marido, que nunca disse a ela o quanto a ama. Desiludida, ela se envolve com um artista que ainda não teve seu talento reconhecido. Não demora muito para que Steven descubra que o ateliê/apartamento de David no Brooklyn funciona como cenário para o tórrido caso entre os dois. E, quando isso ocorre, o poderoso marido traído bola um plano tão complexo quanto letal. A fita é uma refilmagem atualizada de Disque M para Matar (1954), um dos tantos clássicos de Alfred Hitchcock. Baseado na peça de Frederick Knott, o mestre do suspense escalou Ray Milland e Grace Kelly para protagonizar a história de um veterano campeão de tênis que planejava, nos mínimos detalhes, o assassinato da mulher rica. Rodado em terceira dimensão, Disque M para Matar era ambientado na Londres dos anos 50.
Um Crime Perfeito é um suspense cheio de reviravoltas – que, é lógico, não podem ser reveladas aqui –, com tensão do início ao fim, e ótimos diálogos. O elegante detetive Mohamed Karaman, interpretado pelo inglês David Suchet, fica um pouco perdido no filme, que, se não é perfeito, está longe de ser um crime contra a memória de Hitchcock. (Agência RBS)
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Veja a opinião do colunista Carlos Gerbase sobre o filme
Título Original: A
Perfect Murder |
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