RJ: problemas em alegorias e participação de famosos marcam 2ª noite

A São Clemente abriu a segunda noite de desfiles do Grupo especial do Rio com um enredo em homenagem às novelas. Integrantes vestidos como personagens marcantes da telinha dividiram espaço com projeções de cenas das novelas logo no início da apresentação. A bateria, com integrantes vestidos de Crô da novela Fina Estampa, fez uma ‘paradona’. O diretor de TV Boni foi um dos principais destaques da escola, que levou 43 alas para a Sapucaí. Boninho e o ator Marcelo Serrado também estavam presentes no desfile.

Apesar de 2013 marcar o aniversário de 100 anos de jamelão, uma figura histórica da Mangueira, a escola escolheu o Cuiabá como tema de seu desfile. Patrocinada pela prefeitura da cidade, a apresentação da Mangueira inovou levando duas baterias para a avenida. Abusando das ‘paradinhas’, os dois grupos, que ao todo contavam com quase 500 ritmistas, se revezavam na batucada. Enquanto uma bateria tocava a outra mantinha o público animado com coreografias. Com cerca de 4 mil componentes, divididos em 48 alas e sete carros, a escola teve dificuldades para sair da avenida e estourou o tempo em sete minutos, o que fará com que a agremiação perca pontos. Uma das alegorias errou a manobra, ficando temporariamente em uma das torres do sambódromo. Gracyanne Barbosa, Sheila Carvalho, Mayra Cardi e Natália Inoue defenderam a escola na avenida.

Com enredo sobre a raça de cavalo Mangalarda Marchador, a Beija-Flor foi a quarta escola a entrar na avenida. A escola, que contou com cerca de 3,7 mil componentes, 43 alas e oito alegorias, contou a história do cavalo na Sapucaí. A Beija-Flor também enfrentou problemas com um carro alegórico, atrapalhando a evolução. A escola trouxe a atriz Claudia Raia, como madrinha, e Nanda Costa e Nicole Bahls como destaques de carro. A bateria fez uma apresentação tradicional, mas também utilizou ‘paradinhas’.

A Grande Rio famosa por levar muitos famosos para a avenida, manteve a tradição com a participação de Christiane Torloni, Susana Vieira, Danielle Winits, Ana Furtado, Juliana Knuts, Murilo Rosa, Fernanda Tavares, Roberta Portela, Monique Alfradique, Mirella Santos entre outros. A escola trouxe um enredo com toque político que abordou o petróleo, o gás natural e a divisão de royalties. A bateria, que trouxe Carla Prata como rainha, arriscou uma ‘paradona’. Entre as alegorias os destaques ficaram para a grande plataforma de extração de petróleo, com 20 m de comprimento, e a iguana com cores fluorescentes que ‘andava’ pela Sapucaí.

A Imperatriz Leopoldinense também reuniu muitos nomes famosos no sambódromo para uma homenagem ao Pará. A cantora Fafá de Belém veio como destaque logo no início do desfile. A atriz Dira Paes, a cantora Gaby Amarantos e outras personalidades paraenses defenderam a escola na Sapucaí. A história do estado foi contada pelas 31 alas e sete alegorias, que reuniam 3,2 mil componentes. Já conhecida por seus desfiles técnicos, a bateria seguiu a harmonia da escola, mas se conteve quando utilizou ‘paradinhas’. Índios, culinária típica, natureza e tecnobrega dividiram espaço na apresentação da escola.

Fechando o Carnaval de 2013, a Vila Isabel entrou na Sapucaí às 04h40 de terça-feira com o enredo ’A Vila canta o Brasil celeiro do mundo - "Água no Feijão que chegou mais um’, exaltando o campo no desfile. O samba-enredo, feito por Martinho da Vila e Arlindo Cruz, entooava: "Ô muié, o cumpadi chegou, puxa o banco, vem prosear, bota água no feijão, já tem lenha no fogão, faz um bolo de fubá".

Desfilaram pelo sambódromo da Sapucaí, no Rio de Janeiro, entre a noite de segunda-feira (11) e a manhã de terça (12), as seguintes escolas: São Clemente, Mangueira, Beija-Flor, Grande Rio, Imperatriz Leopoldinense e Vila Isabel.