Paradinhas, problemas em carro e efeitos especiais
marcam 1º dia de desfiles do Grupo Especial no Rio

A Inocentes de Belford Roxo iniciou os desfiles no Rio de Janeiro, em sua estreia no Grupo Especial com o enredo “As sete confluências do Rio Han – 50 anos de imigração da Coreia do Sul no Brasil” - o mesmo tema abordado pela paulistana Unidos de Vila Maria. Com 4 mil componentes, a Inocentes trouxe a atriz Claudia Ohana como passista. A Acadêmicos do Salgueiro falou sobre a busca pela fama ao longo da história. A escola, que completa 60 anos em 2013, causou polêmica devido ao patrocínio da revista Caras e foi criticada pelo deputado estadual Marcelo Freixo (Psol-RJ), que não via relevância cultural no tema. A agremiação, que levou 3,8 integrantes divididos em 36 alas e sete alegorias, trouxe 21 cadeirantes.

A atual campeã do Grupo Especial, a Unidos da Tijuca gerou grande expectativa devido às inovações trazidas pelo carnavalesco Paulo Barros. Com o enredo “Desceu num raio, é trovoada: o Deus Thor pede passagem para mostrar nessa viagem a Alemanha encantada”, a Tijuca enfrentou dificuldades que devem prejudicar a pontuação da escola. Dois problemas em carros alegóricos logo no início geraram tensão nos integrantes. O abre-alas errou uma manobra, quebrando uma peça do carro que precisou ser segurada durante o desfile. Já a segunda alegoria sofreu com um princípio de incêndio. Além de gerar buracos nos desfiles, os incidentes fizeram com que diversos integrantes da escola passassem mal na avenida. Os efeitos especiais marcaram o desfile, como os machados flutuantes da comissão de frente, e a fantasias com luzes que mudavam de cor. Alegorias ousadas com tobogã, piscina e barco viking também chamaram atenção.

Quarta escola a passar pela Sapucaí, a União da Ilha, que completa 60 anos em 2013, homenageou o poeta e compositor Vinicius de Moraes. Com livros gigantes e personagens que trocavam de roupa, a comissão de frente contou a história do poeta. Os cerca de 3,5 mil componentes, distribuídos por 33 alas e sete alegorias. A bateria arriscou algumas ‘paradinhas’ e trouxe integrantes com trajes africanos, representando a ligação do poeta com a cultura negra. A Mocidade Independente de Padre Miguel levou uma mistura de rock e samba para a Sapucaí. Com o enredo “Eu vou de Mocidade com samba e Rock In Rio – por um mundo melhor” realizou uma linha do tempo do festival. Sósias de personalidades do rock como Raul Seixas, Renato Russo e Cazuza, participaram do desfile que também contou com o ator e vocalista da banda Blitz, Evandro Mesquita, Serguei e integrantes de bandas de rock como Jota Quest e Detonautas. Porém, o jogador Neymar, que deveria vir como destaque no carro que representava o Maracanã, não compareceu ao desfile. O grande destaque ficou para a ‘paradinha’ da bateria que durou cerca de 30 segundos e contou com coreografia dos ritmistas.

Maior vencedora do Carnaval carioca, com 21 títulos, a Portela encerrou o primeiro dia de desfiles na Sapucaí. Completando 90 anos, a agremiação homenageou o bairro de Madureira, sede da escola. Com 3,7 mil componentes e 31 alas, o desfile da escola também contou com uma ‘paradinha’ da bateria. A Portela comemorou os 400 anos de Madureira e ainda celebrou os 70 anos do cantor e compositor Paulinho da Viola, ícone da Portela, e contou com performances inusitadas como um mestre-sala que pintou a porta-bandeira com spray durante o desfile.