Axl Rose protagonizou uma das novelas mais longas da história do rock. Desde 1994, o vocalista garantia que o Guns N’ Roses permaneceria junto mesmo com a debandada dos integrantes e que a banda lançaria em breve o álbum Chinese Democracy. Para o lugar de Slash, Axl escalou Robin Finck, do Nine Inch Nails, e Tommy Stinson entrou no lugar de Duff. As baquetas ficaram com Josh Freese. Nos teclados continuavam Chris Pitman e Dizzy Reed. A banda entrou em estúdio para gravar o aguardado álbum de inéditas, o que gerou uma grande expectativa entre os fãs. No entanto, as constantes mudanças de formação não fizeram bem para o grupo. Em 2000, Finck retornou para o Nine Inch Nails e deu lugar ao guitarrista Buckethead. Freese também deixou o grupo e foi substituído por Bryan Brain Mantia, ex-Primus. O tempo ia passando e nada do tão aguardado álbum ficar pronto. Tamanho atraso transformou os discursos de Axl Rose em grandes piadas.
Quando muitos já não acreditavam mais em Chinese Democracy, o disco finalmente foi lançado em novembro de 2008. Embora o álbum tenha estreado na terceira posição da Billboard, vendendo 261 mil cópias na semana do lançamento, o número foi bem desanimador para as expectativas do Guns e de sua gravadora, que ainda culpou Axl por ter feito muita publicidade em cima do disco. Com tanta demora para seu lançamento e o grande número de músicos envolvidos, Chinese Democracy acabou ganhando o status de disco esquizofrênico e com pouca personalidade.